Glosas hospitalares, para o bem ou para o mal?
Por Fabio Lobo | 04.01.2011 | Sem comentáriosPara as operadoras de planos de saúde e empresas de autogestão mesmo não sendo assumido categoricamente, a glosa hospitalar tornou-se uma ferramenta de controle de fluxo de caixa, onde muitas vezes os pagamentos são negados com justificativas improcedentes em sua maioria.
Com este recurso as operadoras acabam atrasando o pagamento aos hospitais e clinicas, e acabam mantendo o equilíbrio do seu fluxo de caixa, este processo não é a ferramenta (procedimento) mais apropriada (o) para administração de fluxo de caixa de uma instituição de saúde.
O que podemos dizer do ponto de vista dos hospitais?
Com relação aos hospitais é importante que estejam atentos a duas questões que considero extremamente importante.
1. As glosas estão sendo devidamente administradas na instituição?
2. O índice baixo de glosas é sinônimo de uma boa gestão hospitalar?
A maneira mais eficaz para administração e controle das glosas em um hospital é a criação de um setor especifico na instituição para auditoria, controle e recurso de glosas, desta forma a instituição conseguirá minimizar os impactos de atraso de recebimento, assim como evitar a perda de receita, pois as grandes operadoras estipulam prazos para que a glosa seja recursada.
Com a criação deste setor também é possível monitorar os erros causados pela equipe atuando na causa raiz do problema e se for necessário propor a realização de treinamentos e palestras.
É importante o acompanhamento destas glosas mensalmente, pois o baixo índice de glosas não significa dizer que as coisas estão sendo realizadas corretamente.
As cobranças podem não estar sendo lançadas em sistema, e uma vez que não tenham sido lançadas não estão sendo cobradas.
Controle e auditoria são ferramentas extremamente importantes para driblar a estratégia das operadoras, por isso é fundamental ter bem definido quem irá exercer essa função, com eficiência e cuidado.