Gestão

O aumento da classe média e seu impacto na área da saúde.

Por Fabio Lobo | 11.08.2011 | Sem comentários

A última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) divulgada recentemente pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe para o conhecimento público um dado extremamente interessante, as famílias da chamada classe média C gastam mais com alguns itens como saúde do que as famílias das classes mais altas.

É um dado muito interessante e oportuno porque estamos falando de aproximadamente 95 milhões de brasileiros, sendo que pelo menos 31 milhões emergiram para classe C nos últimos 10 anos.

Serviços pagos, alternativa necessária ao SUS

Uma grande oportunidade se desenha para as empresas que perceberem esse movimento criando produtos específicos para esse tipo de público que pode ser muito bem explorado, principalmente quando levamos em consideração a ineficiência do Sistema único de Saúde, assunto já abordado no artigo Sistema Único de Saúde –  SUS do lindo sonho a dura realidade.

Vejo que essa nova classe média pode representar para as empresas o papel que as economias emergentes, principalmente os chamados Bric´s (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), estão desempenhando para a economia mundial.  É um mundo de oportunidades que já chamam a atenção de grandes empresas.

Laboratórios buscam clientes de baixa renda

Os primeiros que perceberam essa tendência foram grandes laboratórios que criaram empresas específicas dentro do grupo para absorver essa demanda, os resultados já representam grande crescimento principalmente para pessoas que não possuem planos de saúde.

No site Empreender Saúde no artigo: Como empreendedores de saúde devem se posicionar frente a esta crise? O autor Fernando Cembranelli em determinado momento desse ótimo artigo faz a seguinte consideração: “Nestes momentos e crise, é indispensável arrumar a casa e se preparar para as próximas janelas de oportunidade, que certamente se abrirão no futuro próximo”.

Crise econômica uma janela de oportunidades

Talvez a janela de oportunidade já tenha surgido, a economia local mesmo não tão rapidamente continuará crescendo e a tendência é que mais pessoas possam alcançar a classe média e consequentemente passar a ter acesso a serviços de saúde pagos.

Para finalizar essa tendência precisa ser encarada de maneira igualitária pelas instituições que decidirem ir atrás desse público. A renda menor e serviços mais acessíveis não podem ser desculpa para perda de qualidade e respeito para os clientes.

O Brasil está mudando, devagar, mas para melhor é nítido para todos, é importante que todos nós que amamos a área da saúde nos adaptemos ao momento do país e da sua sociedade para oferecer a todos um serviço humanizado e profissional.

Até a próxima!



				
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