Planejamento Estratégico na Saúde Parte I
Por Roberta Massa | 22.07.2015 | Sem comentáriosO planejamento surgiu na Revolução Industrial, onde o processo de produção que era realizado artesanalmente, passou a ser realizado pelas máquinas.
O processo de maquinização contribuiu para o desenvolvimento das industrias e alavancar a economia, porém o processo de gestão dessas atividades passou a ficar cada vez mais complexo.
As empresas passaram a ter que controlar os seus processos internos, (pessoas, recursos, atividades), e ao mesmo tempo elaborar e implementar estratégias para se manterem no mercado competitivo e garantir o cumprimento das metas de curto e longo prazo.
Tempos atuais
Nos dias atuais o objetivo principal das empresas não mudou, porém, devido a alguns fatores como a crise econômica, alterações climáticas, o avanço da tecnologia, os clientes que estão cada vez mais exigentes, transformaram o processo de gestão e de planejamento cada vez mais desafiador.
Na área da saúde os processos não são blindados, onde as mudanças constantes no mercado impactam diretamente na gestão, especificamente nas clínicas e nos hospitais, onde além de lidar com todos os processos internos como os das industrias, (os mesmos citados acima), ainda necessitam possuir poder de gestão e negociação com todos os públicos que à área da saúde está diretamente e indiretamente envolvida, podendo ser destacados os públicos abaixo:
Pacientes: Particulares, Saúde Suplementar, SUS.
Fornecedores: Materiais, Equipamentos, Medicamentos e OPME.
Corpo Clinico e Assistencial: Médicos, equipe multiprofissional.
A busca pelo sucesso através da estratégia
Diante de todas essas particularidades, podemos afirmar que para que os hospitais e clinicas tenham sucesso empresarial é necessário possuir estratégia bem definida, e que seja voltada para a inovação, adaptação e melhoria continua dos processos.
Segundo Oliveira Djalma, (1.999), estratégia é a ação ou caminho mais adequado a ser executado para alcançar os objetivos da empresa.
A estratégia necessita do envolvimento de todos os níveis da organização que deverão possuir alguns critérios:
Resistir ao longo prazo: capacidade operacional com autonomia para redefinição de estratégia;
Crescimento: aumento da prestação do serviço, capitais próprios e o valor da empresa;
Ser rentável: que o retorno financeiro possa garantir a realização de investimento, o pagamento dos funcionários e a distribuição de lucro aos Stakeholders;
Capacidade de inovar: ser flexível permitindo a geração de novos processos e a execução de novos serviços.
Os critérios acima deverão possuir regras de tomada de decisão que irão orientar o comportamento da instituição dentro do mercado.
As regras deverão estar relacionadas aos objetivos da empresa, as metas a serem alcançadas, a estratégia de mercado, a prestação de serviços, modelo de gestão, conceito organizacional e as diretrizes e politicas organizacionais.
Como realizar um planejamento estratégico na área da Saúde?
Na parte II deste texto iremos aprofundar essa questão.
Até a próxima.