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A importância do anestesista na segurança do paciente

Por Roberta Massa | 29.02.2016 | Sem comentários

Desde 1846 a anestesia é considerada uma das maiores descobertas da medicina. Isso porque, desde então, é possível submeter os pacientes, até mesmo aqueles com quadros mais graves, a procedimentos mais complexos sem o risco de sentirem dor.

Segundo o Dr. Luiz Fernando dos Reis Falcão, sócio-diretor do Grupo de Anestesiologistas Associados Paulista (GAAP) responsável pelo serviço de anestesia das Unidades Santana e Ipiranga no Hospital São Camilo, o anestesista é um profissional altamente qualificado para cuidar da vida e da segurança do paciente durante todo o procedimento cirúrgico, desde a avaliação pré-anestésica até o acompanhamento pós-cirúrgico.

De acordo com a Resolução 1.802/2006 do Conselho Federal de Medicina, o paciente, ao ser encaminhado para um procedimento cirúrgico com anestesia, deve passar por uma avaliação pré-anestésica. Essa consulta é feita por um médico anestesista e tem como objetivo avaliar as condições clínicas do paciente, esclarecer dúvidas, recomendar preparos especiais, além de planejar a técnica mais adequada e segura visando reduzir o risco de complicações no procedimento cirúrgico.

Durante a cirurgia, todos os parâmetros vitais do paciente, como a pressão arterial, frequência cardíaca, ritmo do coração, quantidade de oxigênio no sangue e temperatura são monitorados pelo anestesista. Ao notar qualquer alteração, o profissional tomará todas as medidas para os parâmetros voltarem aos seus valores normais e preservar a segurança do paciente.

“Quando realizamos a anestesia geral, usamos, em média, de 10 a 15 medicações diferentes para fazê-lo dormir e garantir que não sinta dor e não se mexa. É por isso que conhecer as doenças ou as medicações de uso contínuo do paciente com antecedência é fundamental para assegurar que não hajam reações durante o procedimento”, acrescenta Dr. Falcão.

Dr. Falcão afirma que não há contraindicação no número de anestesias aplicadas a uma única pessoa no decorrer da vida, mas, a avaliação médica prévia é sempre indispensável: “Devido à existência da anestesia, hoje é possível realizar os mais complexos procedimentos cirúrgicos. Porém, como todo procedimento médico, existem complicações e riscos e por isso a importância da avaliação inicial”, conclui.

Saiba a diferença entre os principais tipos de anestesias

Sedação – Essa técnica é utilizada apenas em procedimentos indolores, como por exemplo, na ressonância magnética ou associada à anestesia local, uma vez que permite apenas que o paciente durma, podendo ainda sentir dor.

Anestesia geral – Esta técnica permite que qualquer tipo de procedimento cirúrgico seja realizado sem dor e sem movimento do paciente, sendo o estado completo de inconsciência.

Anestesia loco-regional – É a técnica de anestesiar apenas um nervo ou conjunto de nervos específicos do corpo. A anestesia é feita apenas na região que será operada e pode ser realizada na coluna, como raquianestesia e peridural, onde os membros inferiores são anestesiados, ou em um nervo específico do braço ou da perna. Esta técnica anestésica é muito útil para evitar a dor no pós-operatório, devido ao seu maior tempo de ação.

Fonte: Hospital São Camilo-29.02.2016

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