Gestão

Anvisa: Avaliação de novas drogas precisa ser descentralizada

Por Roberta Massa | 30.03.2016 | Sem comentários

O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, participou, nesta terça (29), em São Paulo, do fórum “O Futuro do Combate ao Câncer”, realizado pela jornal Folha de São Paulo.

Integrante da mesa “Entraves à pesquisa de novas drogas no Brasil”, Barbosa falou, entre outros pontos, sobre  o desafio que é garantir o padrão de qualidade para liberação dos medicamentos no mercado. “A Anvisa começou, no ano passado, a fazer algo que deveria ser o padrão: responder sobre os protocolos de pesquisa.

Para medicamentos mais complexos, de novas moléculas, são mais de 180 dias para avaliação”, afirmou.

Ao lado de Eduardo Motti, consultor na área de pesquisa clínica, e de Sérgio Queiroz, pesquisador da Unicamp na área de farmácia, Jarbas Barbosa afirmou que a centralização da análise também torna inviável a rapidez nas autorizações.

Atualmente, novas drogas para o tratamento do câncer podem demorar até um ano para ser aprovadas pela Anvisa. “A articulação com universidade e outros órgãos regulatórios e de pesquisa ainda não ocorre como deveria.

Se não descentralizarmos o processo de avaliação ética, sempre teremos essa barreira”.

Outro ponto levantado por Barbosa seria a qualidade das pesquisas clínicas apresentadas à Anvisa.

Por conta de deficiências técnicas e ausência de dados requeridos, muitas vezes os medicamentos que estão na fase um, quando são submetidos às pesquisas clínicas, demoram para ser avaliados apropriadamente. “Essa fase poderia demorar uma semana, mas acaba levando de três a quatro meses por causa do vai e vem de dados que não estão na pesquisa original”.

Fonte: ANVISA-30.032016

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