Gestão

Descaso do poder público causa fechamentos sistemáticos de Pronto-Socorro Infantil do Hospital do Mandaqui

Por Roberta Massa | 02.04.2016 | Sem comentários

Centro de referência sofre com falta de médicos e alta demanda por conta de doenças como H1N1 e Dengue

O fechamento recorrente do pronto-socorro infantil do Hospital do Mandaqui, na Zona Norte de São Paulo, está causando episódios de revolta na população.

Foram relatados casos de agressões a médicos e depredação da estrutura do hospital, colocando em risco a integridade física das equipes que atuam na assistência à saúde.

A falta de médicos pediatras nos serviços de pronto-atendimento de baixa complexidade da prefeitura, somada às recentes epidemias de H1N1 e Dengue, está gerando um fluxo maior de pacientes ao Hospital do Mandaqui.

Entretanto, o hospital não consegue atender esse aumento significativo na demanda, uma vez que a unidade não conta com um número suficiente de médicos.

Esse desfalque na equipe médica é um problema de longa data. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP), Eder Gatti, a situação é resultado da escassez de concursos públicos e à baixa atratividade da carreira oferecida pelo Estado. “Essa situação precisa ser urgentemente revista. Os médicos estão há mais de três anos sem reajustes, com uma perda salarial acumulada em quase 25%. Quem mais sofre com isso é a população, que não consegue um atendimento mais rápido”, afirma.

As longas filas de espera no atendimento do Hospital Mandaqui tem causado revolta na população, causando tumultos e episódios de violência, colocando os profissionais em risco. “O Hospital deve tomar providências quanto a segurança da equipe médica e dos demais profissionais”, finaliza Gatti.

Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP)

Fundado em 1929, o Sindicato defende a atividade médica, a luta pela dignidade no exercício da medicina e o acesso à saúde como direito do cidadão.

Aborda temas como planos de saúde, Sistema Único de Saúde (SUS), organizações sociais (OSs) e salário dos médicos, entre outros.

Fonte: RS Press-02.04.2016

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