Gestão

Anahp, ABRH-RJ,TurisRio e avaliam o impacto do Americas Medical City no Rio de Janeiro

Por Roberta Massa | 02.05.2016 | Sem comentários

Geração de empregos e crescimento do turismo de saúde estão entre os resultados

Maior complexo médico-hospitalar do Rio de Janeiro, o Americas Medical City vem superando expectativas em números de atendimento e cirurgias realizadas. Resultado de um investimento de aproximadamente R$ 650 milhões, o Americas possui hoje uma estrutura com 252 consultórios médicos, 88 leitos de Terapia Intensiva, 23 de Semi-Intensiva, 11 de Day Clinic e 10 de Recuperac?a?o Po?s-Aneste?sica, além de 272 apartamentos e 16 salas cirúrgicas.

A expectativa é que, até o final de 2016, o complexo alcance a marca de 494 leitos e totalize mais de 2 mil postos de trabalho. Essa infraestrutura disponível, além da qualidade da gestão, impressionou os presidentes da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Paulo Sardinha; da Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro (TurisRio), Paulo Senise; e da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin, em visita guiada pelo diretor executivo do Americas, Marcus Vinicius José dos Santos.

Paulo Sardinha, presidente da ABRH-RJ, avalia que seria importante que novos investimentos como o Americas Medical City surgissem no Rio, ainda mais no momento atual, em que o desemprego não para de crescer. Ele observa que, mesmo quase dois anos depois da inauguração, o complexo ainda está gerando oportunidades e com novas contratações previstas. “Um hospital costuma ter vagas para pessoas com formação superior, mas, também, para quem só tem o Ensino Fundamental. É um importante polo de geração de empregos, mas, no caso do Americas, os números impressionam”, elogia.

Para o presidente da ABRH-RJ, também é de se elogiar o fato de estar planejada a inauguração, até dezembro, de um Centro de Treinamento. Ele avalia que investir em qualificação é uma necessidade e um dever de todas as organizações. Porém, considerando que a cada dia surgem novas tecnologias, cirurgias e tratamentos na medicina, ter um espaço que investe no profissional e o mantém atualizado reforça o comprometimento da empresa com a qualidade do atendimento e a segurança do paciente. “Sabemos que há falta de profissionais qualificados em muitos setores e nem sempre as faculdades suprem todas as exigências para que o profissional esteja preparado para ingressar no mercado de trabalho. Por isso, são importantes investimentos como o do Americas. As organizações devem assumir esse papel na formação do profissional”, avalia.

Marcus Vinicius, diretor executivo do Americas Medical City, revela que o Centro de Treinamento vai capacitar e atualizar profissionais de saúde em tecnologias de ponta, com foco em procedimentos minimamente invasivos e cirurgias robóticas: “O espaço vai receber, por exemplo, os cursos de capacitação, resultado da parceria entre o complexo médico-hospitalar e o Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (IRCAD), uma das mais importantes instituições de educação e pesquisa na área.”

O IRCAD-Rio contará com um renomado corpo de profissionais, como o maior especialista em cirurgia robótica do mundo, o médico Vipul Patel, que contabiliza no currículo mais de 3,5 mil procedimentos realizados com o auxílio dessa tecnologia. Outra referência será o chefe do Serviço de Neurorradiologia Intervencionista do Americas Medical City, o médico uruguaio Fernando Viñuela, ex-diretor do departamento desse setor na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e criador de um dos mais avançados métodos de tratamento do acidente vascular cerebral (AVC). O instituto também pretende atender a demanda de médicos de toda a América Latina que optem por complementar sua formação no Brasil – a previsão é que cerca de 40% da procura pelos cursos seja por profissionais estrangeiros.

Paulo Senise, presidente da TurisRio, revela que o complexo já começa a trazer resultados para o turismo de saúde no Rio de Janeiro. Ele afirma que essa modalidade chega a movimentar cerca de US$ 60 bilhões por ano no mundo, com uma média de crescimento anual de 35%, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). “O turismo de saúde é decorrente da utilização de meios e serviços para fins médicos, terapêuticos e estéticos. Cidades que são polos de excelência médica, ou seja, que têm à disposição serviços de alta qualidade em diversas áreas da medicina, atraem turistas nacionais e estrangeiros que vão em busca de acesso a especialidades, tratamentos e cirurgias que não têm em suas cidades, estados ou países”, explica Senise.

Um dos destaques do Americas Medical City é o centro de tratamento de câncer com atendimento completo, desde o diagnóstico até a reabilitação. Além da conveniência, essa abordagem integrada promove maior colaboração entre os médicos e, consequentemente, melhores resultados para pacientes. “Normalmente, são turistas de perfil bem específico, com um poder aquisitivo acima da média e que também consomem outros serviços da cidade; ou seja, movimentam toda a cadeia do turismo”, pontua Paulo Senise.

O presidente da TurisRio explica que, principalmente nas décadas de 80 e 90, o Rio de Janeiro viu São Paulo e Minas Gerais se consolidarem como os principais polos de turismo médico no país. Entretanto, ressalta Senise, nos últimos 20 anos o Rio vem mudando esse cenário. “O Americas Medical City veio para reforçar ainda mais essa consolidação do crescimento do turismo de saúde. Reúne uma estrutura singular, além de médicos nacionais e internacionais e parcerias com entidades médicas. E o Centro de Treinamento também será importante, pois trará profissionais de outros estados e do exterior para vir se qualificar no Rio de Janeiro. Além de elevar o atendimento médico, também contribui para o crescimento do turismo. É um investimento sem igual para a cidade”, elogia.

Para Francisco Balestrin, presidente da Anahp, um investimento como o do Americas Medical City impressiona, principalmente porque o setor privado não recebe incentivos para aumentar a oferta de serviços. Mesmo assim, 64% dos leitos disponíveis no país são de hospitais privados. Ele observa que um complexo que abriga unidades dos hospitais Samaritano e Vitória, ambos referência no país, além de já serem modelo na prestação de serviços médico-hospitalares no estado do Rio, acaba impulsionando os investimentos de outros estabelecimentos. “A infraestrutura e a qualidade de atendimento que o Americas oferece estão no mesmo nível de complexos hospitalares internacionais. Isso faz com que, cada vez mais, se eleve a expectativa do padrão que o paciente espera receber na rede hospitalar. Os outros estabelecimentos precisam acompanhar esse movimento e manter investimentos”, argumenta.

Balestrin destaca, também, o foco na segurança do paciente presente na gestão do complexo. Ele aponta como exemplo os protocolos internacionais praticados pelas equipes médicas. São procedimentos que reforçam a excelência no atendimento, pois se pautam por orientações que são padrão nos melhores hospitais do mundo. Eles contribuem para reforçar a segurança do paciente e, consequentemente, reduzir o risco de erro médico.

A incorporação de tecnologia médica é outro fator elogiado por Balestrin. Ele cita a adoção de ferramentas de tecnologia da informação, apontadas por especialistas como importantes aliadas para reduzir o erro médico. Há, por exemplo, a implementação do prontuário eletrônico, que contribui para melhorar a eficiência operacional e registrar informações mais precisas sobre o paciente. “O Brasil ainda está longe de ser como a Dinamarca e a Noruega, onde 100% dos médicos usam prontuários eletrônicos. Felizmente, o Americas Medical City segue a tendência dos principais centros de medicina no mundo”, pontua o presidente da Anahp.

Fonte: EuroCom-02.05.2016

 

 

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