Finanças

Hospital Moinhos de Vento destinará R$ 200 milhões a iniciativas do PROADI-SUS

Por Redação GeHosp | 12.11.2021 | Sem comentários

O Hospital Moinhos de Vento prevê destinar a quantia de R$ 200 milhões no desenvolvimento de 42 projetos de pesquisa, educação, avaliação de novas tecnologias, gestão e assistência especializada até 2023.

O investimento faz parte do PROADI-SUS, um programa desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde e que busca transferir para o Sistema Único de Saúde (SUS) a expertise de hospitais considerados de excelência. 


A instituição pretende aperfeiçoar ainda mais sua estrutura de governança nos projetos Proadi-SUS, informa o superintendente de Responsabilidade Social do Hospital Moinhos de Vento, Luís Eduardo Ramos Mariath.

Ele explica que o Hospital Moinhos de Vento quer conectar cada vez mais os projetos desenvolvidos à expertise que possui e às necessidades da população brasileira. 


“O Proadi-SUS existe desde 2009 é um programa de longo prazo, por isso nos permite aperfeiçoamentos para deixá-lo cada vez melhor para cumprir o que se propõe, que é aperfeiçoar o SUS.” 

Um dos projetos ampliados para o triênio 2021-2023 é o Projeto Tele UTI, o atendimento, antes voltado a UTIs pediátricas, agora beneficia também pacientes críticos atendidos em unidades de terapia intensiva neonatais.

Em nove meses, os resultados parciais já revelam uma queda de até 50% na mortalidade de bebês recém nascidos internados nas UTIs do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande (PB), e do Hospital Pedro Bezerra, em Natal (RN). 

A chefe do Serviço de Neonatologia e coordenadora da UTI Neonatal do Hospital Moinhos de Vento, Desirée Volkmer, afirma que este é um projeto que promove mudanças.

“Quando se trabalha com protocolos, rotinas e equipe multiprofissional, a evolução dos pacientes e dos resultados da unidade são claramente percebidos. Isso aumenta o engajamento dos profissionais e a forma de atuar, pois há estímulo para a busca constante por mais qualidade e segurança no cuidado dos bebês e suas famílias”, destaca a médica pediatra.

Desirée acrescenta que a iniciativa permite que os especialistas compartilhem conhecimento com a equipe remota, promovendo a qualificação e permitindo mudar cenários. “Isso é de extrema importância num país continental como o nosso”, salienta.

O resultado nas UTIs neonatais, ainda que a nova etapa do projeto não tenha fechado o seu primeiro ano, repete os desfechos observados no triênio anterior (2018-2020), quando o atendimento tinha foco em UTIs pediátricas.

A iniciativa chegou a reduzir em 50% a mortalidade nas unidades pediátricas de alguns dos hospitais atendidos. Graças a esse desempenho, o Tele UTI foi ampliado e, nos próximos meses, deve atender também unidades para pacientes adultos.

Tele UTI

Na prática, por meio de rounds diários, médicos intensivistas do Hospital Moinhos de Vento fazem visitas virtuais às unidades de saúde. As equipes locais levam um cart de telemedicina ou um robô até o leito dos pacientes.

Juntos os profissionais discutem cada caso, trocam experiências, fazem a adequação de rotinas e terapias e buscam formas de otimizar os recursos. 

A médica neonatologista do projeto Marôla Flores da Cunha Scheeren é uma das responsáveis por atender às equipes e pacientes de forma remota.

“Discutimos juntos o caso para chegar a um diagnóstico, fornecemos recomendações de condutas assistenciais e promovemos a qualidade de atendimento aos bebês”, explica.

O Hospital Moinhos de Vento também disponibiliza protocolos clínicos efetivos e adaptados à cada instituição, seis videoaulas de capacitação aos profissionais e discussões de casos com médicos especialistas, além de suporte de equipe multidisciplinar.

“O Brasil sofre com a falta de especialistas em neonatologia e, muitas vezes, as UTI são conduzidas por médicos pediátricos que não têm essa especialização, por isso esse projeto é tão importante.

Particularmente, considero a experiência mais gratificante de todas. Em 20 anos de formação, foi a mais bonita da minha vivência médica.

É uma responsabilidade muito grande orientar os colegas sobre o que fazer, observar ao longo do período que as nossas orientações estão promovendo mudanças e estamos conseguindo construir uma parceria forte com as UTI remotas e isso traz resultados incríveis”, conclui Marôla.

Fonte: Comunicação – Hospital Moinhos de Vento – 12.11.2021.

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