Hospitais Samaritano e Vitória Barra adquirem tecnologia robótica inédita
Por Redação GeHosp | 12.09.2025 | Sem comentáriosInvestimento aumenta a precisão no posicionamento das próteses para substituir articulações com desgaste na cartilagem, devolvendo a mobilidade e melhorando a qualidade de vida dos pacientes; paciente de 62 anos já se beneficiou da tecnologia
Os hospitais Samaritano e Vitória Barra, da Rede Américas, segunda maior rede de hospitais do país, acabam de incorporar a seu parque tecnológico o robô Mako SmartRobotics.
Este é o primeiro equipamento do tipo no estado do Rio de Janeiro. É um sistema de última geração voltado para artroplastias – procedimentos que substituem as articulações do quadril e do joelho.
“A inovação traz resultados ainda mais assertivos para os pacientes com indicação de cirurgias ortopédicas de alta complexidade, especialmente nos casos de artrose avançada.
Ainda que sejam procedimentos considerados de grande porte, os pacientes ficam menos tempo internados, porque essa inovação promove recuperação acelerada, menos dor e sangramento, bem como menos possibilidades de lesões em partes moles e redução do uso de medicamentos analgésicos”, explica Roberto Feres, coordenador da Ortopedia do Samaritano e do Vitória Barra.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a artrose é uma condição degenerativa que compromete principalmente as articulações do quadril e do joelho e atinge cerca de 80% da população mundial acima dos 65 anos de idade.
No Brasil, aproximadamente 15 milhões de pessoas convivem com a doença, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde.
Além disso, as projeções das Nações Unidas indicam que, até 2050, mais de 20% da população mundial terá mais de 60 anos.
Entre esse grupo, estima-se que 15% desenvolverão artrose, o que reforça a importância do diagnóstico precoce e de estratégias de tratamento voltadas para a qualidade de vida dos pacientes.
O uso do Mako, conforme explica Roberto Feres, permite que o planejamento cirúrgico seja feito de forma personalizada, com base em imagens de tomografias em 3D, que aumentam a precisão da intervenção.
No caso dos procedimentos de artroplastia do joelho, há uma expectativa de maior duração das próteses. Isso ocorre pela exatidão do alinhamento do membro gerada pela precisão do robô durante o ato operatório, que leva ao menor desgaste do material da prótese com o passar do tempo.
Para Marco AurélioSouza, cirurgião ortopédico do Hospital Samaritano Barra, responsável pelo procedimento, a cirurgia robótica representa um avanço importante porque nos permite planejar e executar os cortes com muito mais precisão.
“Essa tecnologia resulta em um pós-operatório menos traumático, com menos dor, menor sangramento e, consequentemente, menor impacto clínico para o paciente.
Além disso, o tempo de internação é reduzido, há menos necessidade de analgésicos e até os custos hospitalares acabam sendo menores”, complementa.
A primeira paciente a ser operada com o novo robô no Rio de Janeiro foi a aposentada Lucie Curi, de 62 anos. Ela convivia há quase três décadas com dores intensas causadas pela artrose nos dois joelhos.
“Desde meus quarenta e tantos anos, sofro com artrose, mas por ser considerada jovem para colocar prótese, as cirurgias foram sendo adiadas. Com o tempo, meus joelhos pioraram vertiginosamente, sobretudo depois do tratamento oncológico, em 2022, quando passei a usar hormonioterapia, que provoca muitas dores articulares. Foi como uma bomba nos meus joelhos”, relembra.
Em 2025, a situação se agravou a ponto de Lucie precisar de uma bengala para caminhar. A limitação impactou diretamente sua qualidade de vida.
“Só fiquei um dia no hospital e já estou em casa muito bem. Estou andando com andador e já vislumbrando, quem sabe, no início de 2026, a cirurgia do outro joelho para voltar a aproveitar a vida”, conta Lucie, emocionada.
Fonte: Assessoria de Comunicação Bowler