Gestão

Monitoramento de Indicadores X Sistema de Informação Hospitalar não Integrado.

Por Roberta Massa | 27.10.2013 | 4 comentários

Atualmente, maior parte das empresas possui Sistemas de Informação. São através destes sistemas que as empresas conseguem armazenar, organizar e estruturar todos os dados relevantes com segurança e confiabilidade, garantindo dessa forma o seu desenvolvimento.

Na área hospitalar essa situação não é diferente, as instituições de saúde investem fortemente na área de tecnologia através de novos equipamentos para que os tratamentos sejam mais eficazes garantindo a cura e o restabelecimento dos pacientes.

Os Hospitais Privados de grande porte com maiores recursos financeiros investem cada vez mais em Sistemas de Informação Integrados, são sistemas capazes de monitorar e rastrear todos os processos que podem ser assistenciais ou administrativos, desde a admissão até o momento da alta do paciente, evitando erros e contribuindo para uma gestão eficaz.

Outro ponto onde os sistemas de informação integrados são importantes é na contribuição para os processos de tomada de decisões estratégica, onde os gestores levam em consideração análises situacionais, podendo intervir quando necessário evitando perdas significativas que possam prejudicar as Instituições.

Nos Hospitais com este perfil, acredito que não existam dificuldades para visualizar e monitorar os processos, o grande desafio é saber “o que fazer diante de determinadas situações”, pois as informações necessárias estão disponíveis.

Quando falamos em um Complexo de Saúde formado por várias Instituições, onde cada Instituição possui um Sistema de Informação próprio, sem integração a gestão se torna desafiadora, porque as informações para o gestor não estão disponíveis em tempo real e não são confiáveis, pois cada Instituição tem sua maneira de contabilizar os dados.

Para que se possa monitorar os indicadores de produção nessas condições é necessário realizar o alinhamento da coleta dos dados para que todos as instituições passem “a falar a mesma língua”, e para que isso seja possível alguns processos devem ser redefinidos como:

Definição de conceitos:

Os conceitos devem estar alinhados. Por exemplo, se uma instituição define como consulta ambulatorial toda e qualquer consulta que ocorre em ambulatório médico todas as demais instituições devem usar a mesma definição não podendo ser considerado outro tipo de consulta.

Fonte de Informação:

O alinhamento da fonte de informação é extremamente importante, pois todos as áreas devem utilizar a mesma fonte de dados, podendo ser um simples relatório extraído do sistema de informação interno ou até mesmo o famoso caderno preto da área que registra todas as informações.

Forma de Contabilização:

A forma de contabilização é importante pois garante que todas as instituições estejam contabilizando os dados da mesma maneira.

Se uma instituição contabiliza um Rx de tórax frente e Perfil como 1 exame, todas as outras instituições devem contabilizar da mesma forma, independentemente do número de incidências utilizadas para a realização do exame.

Os processos mencionados são cruciais para o controle dos indicadores, porém mesmo após o alinhamento de todos os processos é necessário controlar a situação diariamente, através das reuniões in-loco e reuniões mensais.

A construção de um Manual de Procedimento Padrão conhecido como POP´S contribuem para a institucionalizar e normatizar os processos, garantindo a realização do que foi definido.

Todo esse processo pode parecer básico para um Hospital com um Sistema de Informação Integrado, mas para um complexo com esse nível de limitação, esse é o mínimo necessário para garantir a coleta e análise dos indicadores assistenciais afim de  garantir uma gestão eficaz.

Até a próxima.

Compartilhe!