Telemedicina da FMUSP inicia a produção de estruturas impressas em 3D a partir de autópsia virtual
Por Roberta Massa | 29.03.2016 | Sem comentáriosComo mais uma etapa do avanço para o aprimoramento do ensino em Medicina, a Disciplina de Telemedicina da FMUSP está usando a sua experiência em impressão em 3D e em computação gráfica digital (Projeto Homem Virtual) para produzir estruturas físicas anatomopatológicas, baseadas em imagens de autópsias virtuais.
Em março, a Faculdade de Medicina da USP realizou um evento para inaugurar o uso do aparelho de ressonância magnética de 7 Tesla, o mais potente da América Latina. Permitindo criar imagens com quatro vezes mais resolução que as melhores máquinas do Brasil, o equipamento será inicialmente usado para examinar os cadáveres do Serviço de Verificação de Óbitos da Capital, sem a necessidade de métodos invasivos.
Com este novo recurso do Projeto Autópsia Virtual da FMUSP, haverá um avanço no estudo da anatomia, não somente através das imagens tridimensionais digitais geradas pela ressonância, mas também com o potencial de gerar estruturas anatomopatológicas físicas (impressas em 3D).
A reconstrução física de órgãos com patologias permitirá a criação de um acervo. Este complementará os estudos da Medicina, sendo utilizado em conjunto com imagens do Projeto Homem Virtual e da ressonância 7 Tesla.
Além disso, os modelos impressos serão complementares às discussões anatomopatológicas baseadas em autópsia (Telepatologia FMUSP), que acontecem há 12 anos, ininterruptamente, para os estudantes da FMUSP, por meio de videoconferências que unem faculdades de Medicina de todo o país (Telepatologia Redes).
A Telepatologia, uma iniciativa do Departamento de Patologia, com suporte tecnológico e de comunicação educacional da Disciplina de Telemedicina, vem gerando também um acervo digital de discussões e vídeos narrados de autópsia. Parte deste material está disponibilizada na MedUSP Digital, a plataforma de Teleducação Interativa da FMUSP.
Fonte: Saúde Digital-29.03.2016