Como otimizar a atenção básica pode reduzir o número de usuários na rede hospitalar?
Por Roberta Massa | 12.07.2016 | Sem comentáriosOs princípios da atenção básica
A atenção primária pode ser entendida como um conjunto de ações desenvolvidas de modo a promover acolhimento, beneficiando a saúde das pessoas. Para tanto, compreende os usuários em toda sua complexidade, levando em conta fatores que podem interferir sobre sua saúde, sejam eles culturais, sociais, pessoais, econômicos e até aqueles relacionados às crenças.
Seu objetivo é promover saúde, o que inclui o diagnóstico, o tratamento, a prevenção de agravos, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde.
E nada disso pode ser alcançado sem o empenho de equipes multidisciplinares, compromissadas em orientar o cidadão, tornando-o, aos poucos, sujeito de sua própria saúde, assim como da saúde de sua família e da comunidade em que vive. Com isso em mente, é fundamental entender os fundamentos e as diretrizes da atenção básica para então traçar estratégias de otimização, certo?
Atenção especializada
A atenção especializada emprega tecnologias complexas de cuidado e gestão, já que pretende atender a uma população definida. Por isso, deve estar atenta aos determinantes de saúde da comunidade em questão. Para a rede hospitalar, por meio de eficazes sistemas informatizados, é possível encontrar os condicionantes de saúde que mais levam os usuários do serviço a procurarem por assistência, permitindo o reconhecimento das maiores demandas e das deficiências mais graves.
Cuidado contínuo
A continuidade da atenção e o acesso universal, com qualidade e alto grau de resolutividade, são fundamentais para o funcionamento adequado de todo o sistema. A longitudinalidade do cuidado, compreende a relação entre o usuário e o profissional de saúde, é a continuidade da relação clínica. Por meio desse atendimento regular, os profissionais têm maiores possibilidades de otimizar o próprio tempo, assim como os investimentos dos gestores, pois conhecem os usuários que atendem. Com isso, conhecem suas demandas e queixas, bem como as melhores opções de tratamento e adesão. Quando isso de fato acontece, a consequência se vê pelo fortalecimento do vínculo entre equipe e cidadãos. A fidelização vem com o tempo.
Vínculo fortalecido
Na atenção básica, a importância do vínculo está diretamente relacionada a fatores atrelados ao fortalecimento do sistema e ao nível de resolutividade. E é também a construção dessa relação mais pessoal entre médico e usuário do serviço que aumenta a adesão ao tratamento. Lembrando que o vínculo pressupõe uma relação horizontalizada e de confiança, em que profissional e cidadão agem em conjunto para encontrar melhores meios de promover saúde.
Atendimento integral
A integralidade pode ser entendida sob dois aspectos diferentes. O primeiro deles pressupõe tratar o sujeito em toda sua complexidade, pensando em suas vontades, ideias e demandas de saúde. Nesse sentido, a adesão e a resolutividade estarão comprometidas se a ação não for pensada e executada para aquele usuário em especial ou para o perfil daquele grupo. O outro aspecto da integralidade se refere à oferta de todo o aparato técnico que o hospital pode proporcionar. Por isso, a porta de entrada dos serviços de saúde deve ser a atenção básica, que, com sua alta resolutividade, tem competência para tratar os problemas de saúde do cidadão em sua maioria, encaminhando-o corretamente (e quando necessário) de forma a evitar o atendimento por diversos especialistas sem necessidade.
Saúde autônoma
Esse princípio pode ser visto como uma consequência dos demais, já que, ao ofertar atenção continuada, com a construção de uma forte relação de vínculo com a população, o sistema dá ao indivíduo todas as informações e ferramentas de que precisa para exercer a autonomia sobre sua saúde. Na atenção básica, é preciso dar independência ao cidadão, mostrando que ele mesmo é o principal ator de sua saúde. Em outras palavras: ele deve perceber as consequências do seu estilo de vida e da sua alimentação, por exemplo, sobre sua saúde geral.
A importância da humanização do atendimento
Como se pode inferir, humanizar significa tornar humano, dar características e atribuições humanas. No campo da saúde, esse processo tem ganhado cada vez mais espaço de discussão, pois é a área em que sua carência é sentida de maneira mais dramática. A humanização busca, portanto, maneiras de fazer o acolhimento em saúde acontecer de modo mais afetuoso e respeitoso, em detrimento do mecanicismo e do automatismo, muito comum em hospitais com grande volume do atendimento.
Atualmente, percebe-se que práticas desumanizadoras (como a relação vertical de poder, em que o atendente é visto de modo superior ao atendido) causavam uma dependência que levava à exaustão do sistema por não permitir ao usuário do serviço o exercício de sua autonomia, tornando-o dependente da atenção. Uma demonstração disso é o altíssimo nível de fichas verdes e azuis no pronto atendimento, uma vez que qualquer sintoma se torna razão para procurar um médico.
E a humanização está de acordo com todos os princípios e todas as diretrizes da atenção básica, existindo inclusive algumas estratégias para isso. Deve-se estimular a comunicação entre profissionais, gestores e usuários para construir coletivamente um ambiente agradável de cuidado e atenção. Por isso, afeto, empatia e ternura, palavras antes consideradas totalmente fora de contexto, agora são introduzidas no acolhimento de modo muito pertinente, aumentando o sucesso do tratamento.
Grandes instituições de saúde já perceberam os benefícios da humanização e sua relação intrínseca com os fatores que levam à mudança de comportamento do paciente e do profissional, tudo em prol da otimização dos recursos disponíveis. A inclusão dos profissionais nas tomadas de decisão sobre o gerenciamento dos serviços bem como a inclusão dos usuários e de seu círculo de convivência nos processos de cuidado são estratégias importantíssimas na humanização, promovendo a corresponsabilização e a ação conjunta nas mais diferentes esferas.
Ações além do consultório ou do ambulatório também são muito eficazes nesse processo. Nesse cenário, investir em rodas de conversa, grupos operativos de hipertensão e de controle do peso, além de outras estratégias do tipo, sempre com o objetivo de promover saúde por meio da coletivização da atenção e da gestão confirmam os princípios da humanização. Assim, transversalidade, integração entre gestão e atenção, bem como corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos estão mais que presentes.
A orientação e as campanhas de prevenção
A educação é constantemente apontada como meio de promoção de saúde. Muitos acreditam ser preciso dar ao cidadão conhecimento sobre as doenças mais comuns e as respectivas maneiras de preveni-las. De certa forma, é exatamente isso que se busca: a prevenção de doenças e de agravos, a fim de melhorar a saúde do usuário e organizar os fluxos de serviços, tudo em conformidade com a promoção de autonomia do cidadão sobre sua própria situação.
Por que as campanhas de prevenção não costumam tão eficazes?
Não é difícil perceber que campanhas de conscientização não costumam obter os resultados esperados. Prova disso é a epidemia de dengue que assola o país há tanto tempo, a despeito das campanhas contra o Aedes aegypti. Além disso, a própria Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, do Ministério da Saúde, mostra que a capacitação (seja do corpo técnico ou dos próprios usuários do serviço) é feita de modo equivocado. Por isso, não causa as mudanças desejadas. Segundo essa política, as campanhas são feitas, geralmente:
– De modo simplificado, reduzindo o problema a uma questão de métodos e técnicas pedagógicas;
– Com uma visão instrumental da educação, isto é, que vislumbra a educação apenas como meio de alcançar determinado fim;
– De maneira imediatista, acreditando que grandes problemas de saúde podem ser resolvidos rapidamente com campanhas ou dicas de saúde;
– De forma indiscriminada, tentando agir sobre questões que dependem fundamentalmente de outros fatores e não de capacitação.
Como então fazer campanhas de prevenção realmente eficazes?
Pense bem: prevenção pressupõe que a doença, a comorbidade (mais de uma doença relacionada) ou o agravo ainda não tenha ocorrido, certo? Por isso, não será efetivo fazer campanhas sobre o autoexame se os índices de câncer de mama no seu hospital já são elevados. De modo geral, as orientações de prevenção devem ser voltadas a determinados grupos de pessoas, de modo longitudinal, visando à implementação de mudanças de comportamento a médio e longo prazos, buscando o auxílio para problemas que seu corpo gestor e profissional quer prevenir.
Se tudo isso estiver na pauta de prevenção do seu hospital, é possível fazer uma campanha sobre o câncer de mama ensinando como fazer o autoexame. No mês seguinte, pode-se lançar nova campanha sobre o assunto voltada a homens, estimulando-os a conversar com suas parceiras, além de aproveitar para ensinar que, apesar de raro, os homens também podem ser acometidos pela doença. Assim o assunto está sempre sendo abordado, mas sob perspectivas diferentes, tendo sempre um sujeito determinado como alvo.
E como é que a estruturação da atenção básica pode auxiliar?
Conseguiu enxergar como os princípios da atenção básica estão de acordo com a prevenção? Por isso, o conhecimento de tais premissas é extremamente importante para o gestor ou o profissional técnico que deseja promover educação em saúde. Assim, se a equipe de saúde e de gestão conhecem bem a população atendida, certamente sabem dizer quais são os problemas que merecem uma maior atenção voltada ao planejamento de uma campanha de conscientização.
Além disso, o cuidado contínuo e a criação de um vínculo mais forte com cada usuário podem dar aos profissionais um importante feedback sobre a eficácia das campanha. Isso sem contar que é um momento oportuno para enfatizar a relação das campanhas com a vida cotidiana dos cidadãos. Da mesma forma, a campanha de conscientização deve ser pensada para um determinado indivíduo, que tem suas demandas, necessidades e possibilidades, como prega a integralidade. A autonomia também é indispensável nesse processo, pois fará o usuário do serviço perceber a importância de suas próprias ações sobre sua saúde.
A continuidade do atendimento ao usuário
No decorrer deste texto, você já deve ter percebido como as premissas da atenção básica se correlacionam de maneira inerente, não é mesmo? E a continuidade da atenção é um fator importantíssimo para possibilitar a execução das funções, diretrizes e princípios da atenção básica. Pode-se dizer, por exemplo, que é impossível criar vínculo, conhecer as demandas dos cidadãos ou humanizar o atendimento sem essa continuidade.
Por essas e outras, a continuidade da atenção deve estar em todos os aspectos do atendimento, podendo auxiliar a efetivação da atenção básica na sua rede hospitalar e nos mais diferentes aspectos, como:
– Ações de prevenção: o hospital deve estabelecer alvos de ação de prevenção e criar estratégias duradouras, proporcionando assim a continuidade;
– Acompanhamento do tratamento: encaminhar um usuário para outro nível de atenção não significa, em hipótese alguma, ficar livre dele, uma vez que, após a contrarreferêcia, a mesma equipe deve acompanhá-lo;
– Equipe de saúde: cada cidadão deve ser cadastrado e vinculado a uma determinada equipe, que o acompanhará para favorecer uma relação de confiança, realmente humanizada.
A Política Nacional de Atenção Básica
A Portaria de número 2.488, de outubro de 2011, aprovou a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), estabelecendo, dentre outras coisas, normas e diretrizes para a organização da atenção básica. Ela é o resultado de uma série de conquistas, pensamentos e experiências de usuários, trabalhadores, gestores e de movimentos sociais pela consolidação do SUS. Na PNAB estão os princípios e as diretrizes gerais da atenção básica, suas funções na rede de atenção, a infraestrutura, o funcionamento e seu financiamento.
Segundo tal política, as redes de atenção devem ser articuladas de forma complementar e a atenção básica possui suas atribuições nesse cenário. Assim, a atenção básica dever ser:
– O primeiro ponto de atenção e principal porta de entrada dos cidadãos;
– Constituída por equipes multidisciplinares;
– O setor que integra e coordena o cuidado.
No entanto, é impossível que isso ocorra se as funções da atenção básica não forem previamente pensadas e estruturadas. Ao todo, são 4 funções: ser base, ser resolutiva, coordenar o cuidado e ordenar a rede.
Ser base
Ser base significa que a atenção básica deve ser descentralizada, promovendo a participação de todos no cuidado, com uma equipe multidisciplinar, em que o papel de cada um é bem definido e as responsabilidades de todos são articuladas.
Ser resolutiva
Além do mais, a atenção primária não pode ser criada para funcionar apenas como um tipo de triagem, comprometendo toda a sua estrutura teórica. Na verdade, sua resolutividade deve ser alta, com capacidade de identificar riscos, demandas e necessidades de saúde, tratando-os ao empregar diferentes tecnologias de cuidado coletivo e individual por meio de uma clínica eficaz.
Coordenar o cuidado
Também deve fazer os encaminhamentos corretos, quando necessário, acompanhando e gerindo a terapêutica adotada, fazendo funcionar o sistema de referência e contrarreferência, atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, valorizando a horizontalidade, a integração e a continuidade do cuidado. Nesse aspecto, é fundamental que o hospital disponha de prontuário eletrônico, por meio do qual os profissionais de todos os níveis da atenção tenham acesso ao histórico dos usuários do serviço, de modo que a lógica das linhas de cuidado seja definida e organizada de maneira a não criar gargalos.
Ordenar a rede
A ordenação da rede deve partir da atenção primária, pois suas ferramentas de acolhimento e gestão são as que melhor possibilitam essa revolução. É preciso que a programação dos serviços de saúde (prevenção, cuidado e tratamento) parta das reais necessidades de seus usuários.
A otimização da atenção básica ao cidadão
A otimização da atenção básica deve ser pensada considerando uma série de fatores. Ela precisa ser desenhada visando favorecer a execução de suas funções por meio das respectivas bases teóricas. Para isso, o gestor precisa analisar todos os seus recursos pessoais, financeiros e de infraestrutura, pensando nas contratações e nos investimentos necessários para a devida adequação dos serviços.
Diagnóstico da oferta na rede hospitalar
A realidade do hospital é um relevante elemento da otimização da atenção básica. Lembre-se, afinal, de que a atenção primária é o principal articulador dos demais serviços. Por isso, se você não oferece todos os níveis de atenção, deve procurar meios de viabilizar a oferta. Que tal contar com parceiros terceirizados, por exemplo? Nessa fase, analise a possibilidade de crescimento, da adequação de espaços físicos para alocar cada setor e de contratação de novos profissionais que possam auxiliar no processo.
Educação do usuário e do profissional
A educação do usuário do serviço e do corpo técnico do hospital é mais um importante passo para a otimização da atenção básica. Atualmente já existem planos de grandes operadoras de saúde que oferecem a atenção primária como modulador central do serviço, em que o cidadão possui preferencialmente um médico de família que o acompanha, fazendo o encaminhamento quando necessário. Nesse tipo de serviço, o usuário não pode ser atendido por especialistas que não sejam indicados pelo médico da atenção primária, salvo em casos de urgência e emergência, o que leva à organização do serviço e à educação do cidadão sobre a estrutura da assistência à saúde.
Principalmente médicos, enfermeiros e técnicos devem ser flexíveis e humanizados, conhecendo e entendendo efetivamente a importância da parceria com o usuário em detrimento de uma relação vertical. A habilidade de proporcionar atendimento fora dos limites do consultório (como grupos operativos e rodas de conversa) é muito importante para a prevenção de doenças e de agravos. É preciso também que os profissionais do hospital estejam capacitados a dar as orientações apropriadas para cada caso e tenham conhecimento amplo sobre os fluxos de atenção oferecidos, fazendo os encaminhamentos corretamente.
Aplicação de tecnologia
É fundamental a existência de tecnologia que auxilie a otimização, bem como a integração entre a atenção básica e os demais níveis de atenção. O prontuário eletrônico e a integração dos softwares são indispensáveis para que o sistema de referência e contrarreferência favoreça a integração de toda a rede articulada pela atenção primária. A adoção de softwares completos, que otimizem o processo como um todo, desde o agendamento, passando pela gestão de fluxo, sistematização da assistência à enfermagem e pelo diagnóstico por imagem até cruzar as informações pertinentes ao prontuário eletrônico é substancial para que a equipe execute bem seu trabalho.
Sistema de referência e contrarreferência
Já explicamos por aqui sobre a importância da continuidade do cuidado na atenção básica, correto? Pois uma estratégia para se alcançar essa longitudinalidade é a aplicação prática do sistema de referência e contrarreferência, por meio do qual o especialista que recebeu o usuário oriundo da atenção básica pode orientá-lo a retornar a seu médico para o devido acompanhamento. Entre as atribuições do médico da atenção básica estão a confirmação do entendimento e da concordância do cidadão sobre a ação terapêutica adotada, da adesão ao tratamento e da necessidade de alteração da conduta. Gestores e médicos tendem a se surpreender com as consequências positivas de atitudes tão simples como essas! Lembrando que esse sistema demanda a integração de softwares já citada.
Planejamento estratégico
Para possuir uma atenção básica eficiente, que ordene e articule a rede, o corpo gestor deve planejar a implantação, a otimização, o monitoramento e a análise de fraquezas e de oportunidades que garantam um constante melhoramento. Ferramentas de gestão que permitam o acompanhamento dos índices dos níveis de atenção são fundamentais nesse ponto. Para saber mais, leia este nosso outro artigo.
Humanização na prática
Tudo o que foi proposto aqui pode ser alcançado por profissionais e usuários do serviço se a humanização for aplicada desde o início. Como já dissemos, entender as demandas da equipe e incluir suas opiniões nas tomadas de decisão são excelentes maneiras de aplicar a humanização entre os próprios colaboradores de um hospital. Criando esse sentimento de corresponsabilização, gera-se espírito coletivo que, em efeito cascata, favorece o trabalho em equipe, fundamental nesse processo. Dessa forma, a equipe multidisciplinar estará muito mais preparada para aplicar a humanização nos cidadãos da rede. Acredite: um ambiente agradável de trabalho contagia até mesmo o usuário, que se sente valorizado.
A otimização da atenção básica é capaz de reduzir a demanda do pronto atendimento, desafogando a equipe e permitindo a realocação de pessoal dentro da rede, sem comprometer os serviços prestados no setor de origem. Tal otimização estabelece a harmonia entre os anseios dos gestores, dos profissionais de saúde e dos usuários do serviço, gerando um ciclo de melhorias percebido quantitativa e qualitativamente em todos os níveis da atenção.
Promove, assim, desde a satisfação dos atores envolvidos e os dados obtidos, passando pela humanização do atendimento, pela fidelização do usuário, redução das pulseiras azuis e verdes no pronto atendimento, redução de gastos em exames complementares e pela diminuição de filas e tempo de espera até chegar a melhores resultados das condutas terapêuticas, maior poder de investimento em tecnologia de ponta, diminuição dos índices de reincidência, taxas superiores de controle de agravos e muito mais!
Fonte: MV-Sistemas de Gestão em Saúde-12.07.2016
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