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Crise faz planos de saúde regionais ganharem pacientes

Por Roberta Massa | 22.08.2016 | Sem comentários

Os planos de saúde verticalizados, em que a operadora também gerencia hospitais e laboratórios, têm crescido em número de beneficiados, segundo a Abramge (do setor).

Nos últimos 12 meses até junho, esse segmento aumentou 5,7%. Enquanto isso, o número de clientes do mercado convencional caiu 3,3%. A cobertura regional cresce, mas em ritmo menor. Em 2015, essa alta era de 8,6%.

Com a crise e o aumento do desemprego, muitos dos novos usuários são aqueles que deixaram os planos convencionais, sobretudo os concedidos pelas empresas, lembra Antonio Carlos Abbatepaolo, da entidade.

“As operadoras conseguem oferecer planos mais baratos por serem regionais, geralmente sem uma rede de cobertura em todo o país, e por controlarem todas as fases da operação.”

Como os procedimentos de internação representam cerca de 40% dos gastos com o paciente, o atendimento no hospital próprio pode representar um custo menor por não incluir o lucro de uma empresa intermediária.

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“Em média, o cliente de um plano local pode gastar 30% menos do que pagaria em um contrato usual, por isso o aumento da procura”, diz Cadri Massuda, presidente da paranaense Clinipam.

A empresa tem 11,8% usuários a mais neste ano que em 2015 e investe R$ 50 milhões em um novo hospital. “O cliente trouxe o nível de exigência que tinha no convencional.”

Remédio regional

A operadora de saúde Hapvida deve fechar o ano com investimento de R$ 150 milhões em ampliações, troca de equipamentos e construção de dois hospitais.

O grupo atende hoje em 11 Estados das regiões Norte e Nordeste do país.

Os novos centros serão no Recife e em Manaus e, somados, terão 310 leitos, com um aporte de R$ 61 milhões.

“Nossa empresa, de fato, se beneficiou da retração do restante do mercado nos últimos meses. A demanda por atendimento não diminuiu, mas o cliente buscou alternativas”, segundo o presidente, Jorge Pinheiro.

O número de beneficiados na carteira da companhia aumentou 11%, em 2015, e 2% até junho deste ano.

“Além do desemprego, o reajuste de tarifas dos planos convencionais também foi mais pesado, de 22% no ano passado. Na nossa rede, a alta foi de cerca de 14%.”

Após a retomada da economia, o executivo diz não esperar que os clientes migrem de volta aos outros planos. “As empresas atendidas por nós devem voltar a contratar e o número de beneficiados vai subir.”

3,3 MILHÕES
é o total de beneficiados

4.400
é o número de médicos que atendem pela Hapvida

20 HOSPITAIS
tem o grupo, que também administra 57 laboratórios

17 MIL
são funcionários da rede

Fonte: Folha de São Paulo-22.08.2016.

 

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