Inovação

Beneficência Portuguesa de São Paulo realiza procedimento inédito no Brasil

Por Roberta Massa | 16.09.2016 | Sem comentários

Arritmias cardíacas são alterações elétricas que provocam irregularidade no ritmo das batidas do coração.

Mais de 300 mil brasileiros são vítimas de morte súbita em decorrência de problemas no ritmo cardíaco a cada ano.

Um procedimento inédito no País, no entanto, promete se somar ao arsenal contra esse mal: o implante de um desfibrilador cardíaco subcutâneo.

Indicado principalmente para pacientes que apresentam maiores riscos relacionados aos procedimentos cirúrgicos tradicionais como aqueles que fazem hemodiálise, com baixa imunidade ou pacientes jovens, o novo procedimento foi realizado pela primeira vez no Brasil pela equipe de Cardiologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

“Esse tipo de implante já é realizado na Europa desde 2009 e nos Estados Unidades desde 2012, mas é a primeira vez que ele é feito no Brasil.

Trata-se de um importante avanço, principalmente nos benefícios para o paciente, haja vista que os riscos inerentes à cirurgia diminuem consideravelmente, consequentemente reduzindo tempo de internação, além de redução no índice de complicações pós-operatórias.”, destaca o Dr. Fernando Oliva, ritmologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo e responsável pela realização do procedimento inédito.

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Como o novo dispositivo não utiliza o sistema vascular para ser implantado, o paciente está livre dos riscos associados à passagem dos eletrodos pela via endovenosa como, por exemplo, a possibilidade de desenvolver endocardite, uma infecção do coração pela colonização de bactérias nos eletrodos.

Além disso, o paciente não corre o risco de apresentar restrição de movimentos do ombro, situação comum para pacientes que fazem o implante dos dispositivos tradicionais.

O procedimento foi concluído em 30 minutos. “O paciente foi diagnosticado com cardiomiopatia isquêmica e, apesar de apresentar função cardíaca preservada, apresentou arritmia ventricular complexa ao esforço e, consequentemente, risco de morte súbita cardíaca.

A indicação se deu pelo fato de se tratar de um paciente relativamente jovem necessitando exclusivamente de prevenção de morte súbita. Com a realização do implante do CDI subcutâneo conseguiremos realizar o tratamento mantendo seu sistema vascular intacto”, conclui o Dr. Oliva.

Fonte: ANAHP-16.09.2016

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