Tecnologia

Prontuário eletrônico de Saúde foi adotado em 140 cidades em 2 meses

Por Roberta Massa | 15.12.2016 | Sem comentários

Segundo o Ministério da Saúde, 140 municípios adotaram em 2 meses o sistema, considerado essencial para dar qualidade ao atendimento e controlar gasto.

Levantamento divulgado nesta quarta-feira, pelo Ministério da Saúde mostra que 140 cidades adotaram em dois meses um sistema de prontuário eletrônico.

Que reúne informações sobre atendimentos realizados na atenção básica.

Com a mudança, sobe para 37% o porcentual de municípios que passam a adotar essa estratégia.

Considerada pelo governo essencial para melhorar a qualidade da informação e o controle de gastos.

Lançado há dois meses, o programa de prontuário eletrônico pretende que todas as unidades básicas de saúde do País passem a funcionar de forma integrada, por meio do uso de sistemas informatizados.

A ideia é que todas informações do pacientes fiquem em um banco, o que permitiria aos profissionais terem acesso a histórico, sintomas, exames realizados, remédios usados.

A ideia não é nova. Há pelo menos 15 anos o ministério anuncia investimentos para integrar informações.

A iniciativa anunciada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros há dois meses, teve como ponto de partida a oferta de um sistema, o e-Sus AB.

As cidades tiveram dois meses para informar se adotariam o sistema, se já dispõem de um programa próprio ou se não têm condições técnicas e operacionais para, neste momento, integrar a rede.

De acordo com Barros, a maior parte dos municípios já apresentou a informação.

Se o dado não for informado, as prefeituras terão suspensos os repasses do Ministério da Saúde para financiamento da atenção básica.

Até a manhã desta quarta, 150 ainda não haviam enviado informações. “O prazo foi prorrogado. Não é nossa intenção suspender recursos.

Queremos sim ter acesso a informação sobre as razões que levam as prefeituras a não adotar os sistemas”, disse Barros.

Numa próxima etapa, a partir da análise das justificativas dos municípios que não adotaram os sistemas, o Ministério lançará estratégias para superar essas dificuldades.

Entre as medidas estão a aquisição de equipamentos, capacitação de pessoal e ações para melhorar a conectividade da rede.

Pelas informações obtidas até agora, a maior dificuldade apontada pelos municípios é a falta de equipamentos para fazer a integração.

Das 24.991 Unidades Básicas de Saúde distribuídas em 3.359 cidades que enviaram justificativas sobre atrasos na implementação, 85% disseram não possuir equipamentos, como computadores e impressoras, necessários.

A falta de conexão com internet foi outro problema apontado pela maioria dos serviços. O equivalente a 74% das UBS não têm conectividade.

Também é comum a queixa de baixa capacidade dos profissionais para usar programa e falta de apoio para o sistema de tecnologia da informação.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse afirmar que, embora tímida, a ampliação dos serviços com prontuário eletrônico atinge as expectativas.

“Sabíamos que dificuldades seriam encontradas. O importante a partir de agora é tentar encontrar a solução.”

De acordo com a pasta, nesses 60 dias, 2,4 milhões de brasileiros passaram a ser atendidos com prontuário eletrônico, cobrindo 28,5% da população.

Em todo o país, 11.112 UBS em 2.060 municípios utilizam o sistema eletrônico para transmissão de dados, alcançando uma cobertura de 57,5% da população brasileira.

Universalização

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, avalia que investimentos prometidos pelo Ministério da Saúde devem facilitar a universalização do prontuário.

“Embora muitos municípios estejam em momento de transição de gestão, é possível chegar rapidamente a 100% deles com informatização das UBSs.”

Fonte: Estadão-15.12.2016.

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