Tecnologia

Aparelhos vestíveis prometem monitorar saúde dos bebês

Por Roberta Massa | 20.03.2017 | Sem comentários

Cresce nos EUA o número de fabricantes de aparelhos que coletam dados sobre as crianças, mas vestíveis para bebês ainda provocam polêmica.

A empresa americana Snuza acaba de lançar no mercado seu novo wearable, o Snuza Pico.

Afixado nas fraldas dos bebês, o dispositivo monitora os movimentos abdominais, a temperatura e a posição do corpo da criança.

A ideia é que os pais possam acompanhar os dados coletados pelo dispositivo usando um aplicativo em seus smartphones.

Caso haja alguma atividade fora do normal, um alarme será acionado, alertando pais ou babás para possíveis problemas.

O novo dispositivo é 40% menor do que o lançamento anterior da empresa, o Snuza Hero, criado para acompanhar de perto a respiração do bebê.

Caso ele passe 15 segundos sem respirar, o dispositivo emite uma vibração com o objetivo de despertá-lo.

Se o problema persistir, será soado um alarme. O Snuza Pico custa US$ 190; o Hero sai por US$ 110.

Os dois produtos fazem parte de uma nova geração de vestíveis que têm como objetivo ajudar os pais na difícil tarefa de cuidar da saúde de seus bebês.

Apesar do sucesso entre os consumidores, a nova onda de gadgets gerou polêmica nos Estados Unidos, onde membros da comunidade médica se apressaram a contestar sua eficiência.

O principal ponto de atrito é a promessa dos fabricantes de atuar na prevenção da Síndrome da Morte Súbita
Doença não explicada que provoca a morte repentina de bebês com menos de um ano.
Segundo os especialistas, não existe nenhuma evidência de que os dispositivos reduzam o risco da doença.
Afinal, se os médicos não conseguem determinar uma causa, quem garante que os dados monitorados terão alguma utilidade?

Diante da polêmica, os fabricantes dizem que seu objetivo é dar segurança à família.

Os médicos refutam esse argumento, dizendo que os alertas emitidos pelos aparelhos podem deixar os pais ainda mais ansiosos em relação à saúde dos bebês.

Até agora, nenhum monitor ganhou a certificação da Food and Drug Administration, o órgão que regula aparelhos médicos nos EUA.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios-20.03.2017.

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