Tecnologia

5 tecnologias que estão ampliando o acesso à saúde

Por Roberta Massa | 02.05.2017 | Sem comentários

Conheça projetos que estão utilizando inovações tecnológicas para levar acesso à saúde para comunidades carentes.

As tecnologias mudaram a relação dos seres humanos com a natureza e ampliaram as expectativas de vida, permitindo que em alguns pontos do mundo já seja esperado viver até os 80 anos, em média.

Entretanto, o acesso ao conhecimento e a recursos não é igual para todas as nações.

Por isso, listamos cinco iniciativas que utilizaram a tecnologia para romper fronteiras físicas e econômicas e levar saúde a quem tem menos acesso.

  • Embrace Warmer

Uma das causas de morte logo após o parto, especialmente entre recém-nascidos de baixo peso, é a hipotermia.

E a maior parte dessas mortes ocorre por falta de incubadoras ou de energia que as mantenham em funcionamento e aqueçam as crianças logo após o parto.

Pensando nisso, um grupo de alunos de graduação da Universidade de Stanford foi desafiado a desenvolver uma alternativa e criou o Embrace Warmer, uma espécie de bolsa térmica que custa uma fração do preço de um aparelho de incubação, além de necessitar de pouca energia para seu funcionamento.

Seus criadores dizem que a invenção já ajudou mais de 200 mil crianças em mais de 20 países. Saiba mais sobre o projeto (em inglês): http://embraceglobal.org

  • Last Mile Health

Em termos de telefonia, a última milha é o espaço entre as redes telefônicas e a casa dos usuários.

Este é o ponto mais difícil de chegar e o mesmo acontece com qualquer recurso em regiões remotas.

Na Libéria, onde uma guerra civil resumiu a quantidade de médicos do país a 51 para atender uma população de 4 milhões de habitantes, as consequências foram extremamente impactantes.

Para diminuir a distância entre esses poucos profissionais e as comunidades, o empreendedor social Rajesh Panjabi criou a Last Mile Health, que prepara voluntários que moram em comunidades distantes para que ajudem no diagnóstico de diversos problemas de saúde e reportem para equipes médicas que ficam em postos de até 5km de distância.

Esses voluntários recebem um treinamento de seis meses sobre saúde e são equipados com uma mochila repleta de kits de diagnósticos de doenças como malária, testes de gravidez, entre outros aparelhos tecnológicos.

Eles são instruídos a reportar todos os pontos via celular para as equipes. Durante a epidemia de ebola de 2014/2015, a Last Mile Health ajudou o governo a treinar 1.300 pessoas e, depois de um longo trabalho, o país foi o primeiro a se declarar livre da doença na região. Conheça o projeto (em inglês): http://lastmilehealth.org

  • Expedicionários da Saúde

Uma viagem realizada em 2003 pelo cirurgião ortopédico Ricardo Ferreira para conhecer uma tribo Yanomami da Amazônia foi a origem da criação desse grupo, que vem levando recursos avançados de saúde a comunidades indígenas da floresta amazônica.

Os Expedicionários da Saúde são profissionais que atendem tribos de locais distantes. As expedições contam com uma tenda móvel com equipamentos médicos avançados, como oftálmicos, pediátricos, entre outros, além de permitir que os médicos realizem cirurgias menos complexas, como as de catarata e hérnia.

A GE Healthcare participa do projeto fornecendo equipamentos de diagnóstico por imagem, como o VScan, um aparelho de ultrassom portátil.

Desde 2003, o grupo já atendeu mais de 30 mil pessoas de mais de 50 grupos étnicos. Conheça o projeto: http://eds.org.br

  • Zipline

Em Ruanda, um país repleto de terrenos acidentados e com pouca infraestrutura, o acesso às regiões do interior é difícil, o que provoca milhares de mortes por falta de recursos como vacinas, remédios e sangue testado para transfusão.

Para solucionar o problema dos pontos inacessíveis, surgiu o projeto Zipline, que faz as entregas desses materiais por meio de drones (os quais eles chamam de zips). A empresa tem uma parceria com o governo de Ruanda e atende 20 hospitais e centros de saúde. Saiba mais (em inglês): http://www.flyzipline.com/product

  • Tecnologias Sociais no Amazonas (TSA)

O projeto desenvolvido pelo Instituto pelo Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, está levando para cidades da região Norte uma tecnologia social desenvolvida para fazer o rápido diagnóstico, tratamento e controle da anemia ferropriva em alunos de escolas públicas.

A anemia ferropriva é causada pela falta de ferro na alimentação e afeta diretamente o desempenho motor e mental em crianças. A equipe do projeto utiliza um equipamento de baixo custo e portátil para medir a taxa de hemoglobina no sangue: o hemoglobinômetro.

É feita também a medição de peso e altura das crianças, além da verificação de  sinais de desnutrição ou obesidade. Se a anemia é diagnosticada, as crianças são tratadas com sulfato ferroso e vermífugo, prescritos pelo médico.

Os casos mais complexos são encaminhados para tratamento e acompanhamento. Conheça o projeto: http://idis.org.br

Fonte: Época Negócios – 02.05.2017.

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