A nova denúncia contra Sérgio Cabral, agora na Saúde
Por Roberta Massa | 16.05.2017 | Sem comentáriosA denúncia apurou que o modus operandi era cobrar 5% sobre todos os contratos firmados pelo Estado que também se ramificou nesta Secretaria
O Ministério Público Federal denunciou mais uma vez o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) e outros seis investigados por corrupção passiva e ativa e organização criminosa por irregularidades cometidas na Secretaria Estadual de Saúde, entre 2007 e 2014.
Além do ex-governador, César Romero, Carlos Miranda, Carlos Bezerra, Sérgio Côrtes, Miguel Iskin e Gustavo Estellita são acusados pela força-tarefa Lava Jato de pagar ou receber propina para fraudar contratos da área de saúde.
Segundo a denúncia oferecida à 7ª Vara Federal Criminal, a Operação Fatura Exposta aponta que o modus operandi do esquema atribuído ao ex-governado do Rio, que cobrava 5% sobre todos os contratos firmados pelo Estado, também se ramificou na Secretaria de Saúde.
O esquema, operado por Côrtes e por Romero, ex-secretário e subsecretário da pasta, direcionava as licitações de serviços e equipamentos médicos ao cartel organizado por Miguel Iskin e Gustavo Estellita, sócios nas empresas Oscar Iskin Ltda. e Sheriff Serviços e Participações.
De acordo com o relatado, os empresários eram os responsáveis por trazer ao país as empresas estrangeiras que participavam das licitações internacionais, que eram divulgadas apenas no Brasil.
A denúncia oferecida à 7ª Vara Federal refere-se apenas aos crimes de corrupção passiva, ativa e de organização criminosa na área de saúde durante a gestão de Cabral.
As demais condutas criminosas da organização capitaneada pelo ex-governador ainda serão objeto de denúncias posteriores da força-tarefa da Lava Jato, no Rio.
Fonte: Estadão-16.05.2017.
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