Gestão

A importância das normas de biossegurança na saúde

Por Roberta Massa | 10.08.2017 | Sem comentários

O que é, de fato, a biossegurança hospitalar?

Os profissionais da saúde estão constantemente expostos aos mais diversos riscos em seus locais de trabalho, por isso, devem sempre seguir sempre as ações impostas pela Biossegurança.

A Biossegurança hospitalar, é um conjunto de medidas que procura reduzir ao máximo, ou até  erradicar, os riscos característicos de determinadas atividades.

Esses riscos não são apenas aqueles que afetam o profissional que desempenha uma função.

Mas sim todos aqueles que podem causar danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

Quando falamos sobre profissionais de saúde, sabemos que os riscos são ainda maiores, e neste caso, a biossegurança é aplicada principalmente em instalações laboratoriais e aos agentes biológicos aos quais o profissional pode estar exposto.

E é importante lembrar que todos os profissionais de saúde, como médicos, biólogos, nutricionistas, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, osteopatas, fonoaudiólogos, dentistas, psicólogos, biomédicos, farmacêuticos, enfermeiros, entre outros.

Devem segui-las. Qualquer profissional que trabalhe em ambiente hospitalar precisa ficar atento a todas as regras.

A importância se deve ao fato de que nestes locais, todos os envolvidos, são frequentemente expostos a agentes patogênicos, além de riscos físicos e químicos.

Apesar disso, ainda existem muitos profissionais que consideram as normas de biossegurança fatores que dificultam a execução de seu trabalho.

Mas são as coisas simples que deixamos de fazer por conta da correria do dia a dia que podem prejudicar por demais os processos, alguns erros comuns são:

  • Excesso de confiança e consequente falta de atenção;
  • Negligências à medidas de prevenção;
  • Negligência das condições de armazenamento;
  • Falta de instrução sob o as versões de novos produtos;
  • Uso incorreto do equipamento de esterilização;
  • Falta de limpeza do final do dia;
  • Falta de fiscalização;
  • Falta de manutenção nos equipamentos.

Devido a lista apresentada acima que a Biossegurança é tão importante, problemas ocasionados por esses erros são prejudiciais até mesmo para a saúde da sua instituição.

E, são estes os princípios que irão garantir a saúde e bem estar do profissional, e automaticamente, do restante da população.

No decorrer do texto, vamos entender que a adoção das normas de biossegurança é um processo que depende, em  grande parte, de uma eficiente gestão hospitalar.

O não cumprimento das normas básicas de biossegurança pode acarretar problemas como transmissão de doenças e até mesmo epidemias.

A biossegurança vai muito além de ações básicas como os sistemas de esterilização do ar ou câmaras de desinfecção das roupas de segurança.

As medidas que devem atuar prevenindo a contaminação do profissional, que é, inclusive, uma das principais causas de acidentes dentro do ambiente hospitalar.

Nele, os funcionários podem sofrer acidentes e até mesmo terem a saúde prejudicada por causa de algumas condições de trabalho erradas, e isso acomete desde equipamentos/estrutura até o contato com agentes que oferecem risco à saúde.

Por isso, a higienização frequente e correta das mãos, o descarte de resíduos realizados corretamente, entre outras normas de segurança, tem grande impacto positivo na segurança e no dia a dia dos profissionais de uma instituição de saúde.

E é sobre elas que iremos falar a seguir.

Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde

Foram estabelecidos na norma regulamentadora (NR 32) os requisitos mínimos e os critérios básicos para a adoção de medidas de proteção aos funcionários dos serviços de saúde em seu ambiente profissional.

Esta norma engloba trabalhadores de todos os tipos de instituição de saúde, como:

hospitais, clínicas, laboratórios, ambulatórios, unidade de complementação diagnóstica e terapêutica e serviços médicos empresariais.

Além disso, ela também se dirige a profissionais que atuam nas atividades de promoção e recuperação de saúde, ensino e pesquisa em saúde em qualquer nível da área.

Precauções Padrões

As precauções padrões, são algumas das normas de biossegurança que devem ser sempre seguidas, elas interferem na tomada de decisão por todo trabalhado de saúde frente a qualquer paciente, com o objetivo padrão de reduzir os riscos de transmissão de agentes infecciosos.

Principalmente pelos que são veiculados por sangue e fluidos corpóreos (líquor, líquido pleural, peritoneal, pericárdico, sinovial, amniótico, secreções e excreções respiratórias, do trato digestivo e geniturinário) ou contidos em lesões de pele, mucosas, restos de tecidos ou de órgãos.

Para o cumprimento das precauções padrões, faz-se necessário o uso simultâneo de vários equipamentos que servem como bloqueio para a contaminação.

Atividades de Risco

Segundo a NR 32, são atividades de risco as atividades profissionais capazes de proporcionar dano, doença ou morte para os indivíduos.

Risco ambiental

São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos que existem nos ambientes de trabalho e que, por conta de sua natureza, concentração ou intensidade, podem causar danos à saúde do trabalhador.

Risco à saúde

O risco à saúde são as possibilidades de acontecerem efeitos adversos à saúde relacionados à exposição do indivíduo aos agentes físicos, químicos ou biológicos citados acima, em que uma pessoa exposta a um desses agentes apresente doença, agravo ou até mesmo a morte dentro de um período determinado de tempo ou idade.

Classificação dos riscos

Para que os riscos fossem melhor organizados, eles foram todos mapeados em cinco categorias e são sinalizados com cores distintas.

Gestores hospitalares devem ficar atentos: todas devem ser adotadas no ambiente da instituição de saúde, seja ela qual for.

Seguindo a norma, os riscos foram classificados da seguinte maneira:

Riscos físicos – Grupo 1 (cor verde)

Radiações, campos elétricos, umidade, equipamentos que geram calor, frio ou que operam sob pressão, dentre outros.

Como exemplos, podem ser citados aparelhos de raios-X, radionuclídeos, autoclaves, nitrogênio líquido, câmaras frias, centrífugas, estufas, etc.

Riscos químicos – Grupo 2 (cor vermelha)

Produtos químicos em geral, sob as diferentes formas e apresentações (líquida, sólida, vapor, fumaça, etc.)

Alguns exemplos: ácidos, bases, reagentes oxidantes, reagentes redutores, colas, tintas, gases, pesticidas, formol, medicamentos,  metais presentes em lâmpadas, pilhas, baterias, e uma infinidade de outros produtos químicos.

Riscos biológicos – Grupo 3 (cor marrom)

Agentes biológicos tais como microrganismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons fazem parte do grupo de risco biológico.

Riscos ergonômicos – Grupo 4 (cor amarela)

Esforço repetitivo, postura inadequada, levantamento de peso, rotina intensa de trabalho, jornada prolongada, outras situações causadoras de estresse físico e psíquico, etc.

Riscos de acidentes – Grupo 5 (cor azul)

Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio e explosão, animais peçonhentos, outras situações que podem provocar acidentes, etc.

Com o aparecimento de problemas como o citado acima,  a preocupação com o meio ambiente e com a saúde dos profissionais é crucial para os ambientes de saúde.

Fonte: CM-Tecnologia – 10.08.2017.

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