O momento da virada da BP-Beneficência Portuguesa-SP
Por Roberta Massa | 06.10.2017 | Sem comentáriosA Beneficência Portuguesa registrou ano após ano resultados negativos, mas, em abril de 2013, um esforço para a virada mudou a gestão do hospital.
Ao longo de uma década, o grupo hospitalar a BP — A Beneficência Portuguesa registrou ano após ano resultados negativos.
O esforço para a virada se intensificou em abril de 2013, com a chegada da engenheira Denise Soares ao comando da operação, com base em São Paulo.
Uma ampla investigação em toda a operação trouxe à tona os aspectos que precisariam mudar para colocar as finanças em dia.
Sob o olhar dos conselheiros e de associados da instituição sem fins lucrativos, Denise formou um novo quadro de executivos, aumentou as frentes de trabalho e criou uma área especializada na gestão de projetos.
Para pôr os planos em prática, 100 milhões de reais foram investidos por ano em melhorias na operação, como a modernização do sistema.
Houve o reposicionamento de marca dos três centros hospitalares, localizados em São Paulo, e a criação de submarcas para atrair novos pacientes.
Desde 2013, o número de funcionários saltou de 6 500 para 8?000.
Em dois anos, a transformação, que afetou todas as áreas, registrou o primeiro resultado positivo.
A BP — A Beneficência Portuguesa fechou o ano com Ebitda (lucro antes de juros, imposto de renda e contribuição social, depreciações e amortizações) de 34 milhões de reais.
Veja o passo a passo a seguir:
Desafio: Sair do prejuízo e crescer.
Gestão de Projeto: durante o planejamento estratégico em 2013, uma divisão de projetos foi criada para assegurar a execução dos planos com duas frentes – ganho de eficiência e geração de receita – previstos para todas as áreas.
De lá para cá, 85 projetos foram concluídos. A divisão garante a ordem de prioridade e o acompanhamento de resultados.
Perto de Time: uma parte relevante da virada foi a decisão de reestruturar as três unidades de atendimento, localizadas em endereços diferentes na cidade de São Paulo.
Antes, todas atendiam pacientes de diversos perfis. Atualmente, cada uma é especializada em perfis específicos: Premium, Convênio, e SUS.
Mais receita: a BP se preparou durante dois anos para auditoria que classifica a instituição como excelente, segundo o Ministério da Saúde.
Com o resultado obtido, em janeiro, o grupo entra no Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde e recebe mais pelo atendimento aos pacientes da saúde pública.
Resultados:
As receitas mais que dobraram em 4 anos.
Fonte: EXAME – 06.10.2017.