Tecnologia

A interoperabilidade como fator essencial para avançar na HIMSS

Por Roberta Massa | 16.10.2017 | Sem comentários

Alcançar os estágios 6 e 7 da acreditação é objetivo de todo hospital que deseja informatizar seus processos de trabalho; interoperabilidade de sistemas é um dos principais requisitos dos níveis mais altos

Falar em interoperabilidade na Saúde é pensar na capacidade de diferentes sistemas de informação se integrarem, com o objetivo de comunicar e intercambiar dados.

Para que isso ocorra, padrões de linguagem e protocolos são necessários.

Já que com eles as informações compartilhadas podem ser acessadas por profissionais de Saúde, laboratórios, hospitais e pacientes, independentemente de qual é o sistema ou o fornecedor.

O conceito é, inclusive, decisivo na obtenção dos estágios mais elevados da acreditação hospitalar da Sociedade de Informação em Saúde e Sistemas de Gestão (Healthcare Information and Management Systems Society – HIMSS), com foco em Hospital Digital.

O auxílio na troca de informações com as operadoras de Saúde, laboratórios, entre outros, ocorre por meio do acesso facilitado pela interoperabilidade:

Se um paciente é atendido em um hospital de São Paulo e precisa, por exemplo, que suas informações médicas sejam acessadas por um médico do Rio de Janeiro.

Elas estarão disponíveis a qualquer momento.

As mudanças provenientes dessa integração vão além do fator econômico.

A interoperabilidade permite a reformulação na maneira como a assistência médica é prestada no Brasil.

Para os médicos, a disponibilidade  dos históricos clínicos completos permite relacionar diagnósticos novos com antigos.

Fazer um estudo completo do caso que será tratado e, assim, servir de apoio à decisão sobre o melhor tratamento.

A disponibilidade desse histórico médico influi na segurança do paciente, pois se o caso for o de uma pessoa alérgica a uma determinada fórmula.

Isso seria um dos primeiros dados a serem checados em seu prontuário.

Em âmbitos financeiros, a interoperabilidade pode ajudar a economizar recursos.

Em muitos casos, exames rotineiros são refeitos conforme o paciente altera a unidade de Saúde, porque não é possível acessá-los, implicando em gastos que poderiam ser evitados.

Desafio

Em 2012, apenas 5% dos hospitais do Brasil contavam com o sistema eletrônico de registro implantado.

Ter o diferencial da competitividade no setor foi o que levou a obtenção do reconhecimento da HIMSS a se tornar prioridade para diversas organizações de Saúde.

A HIMSS é a maior associação de informática em Saúde no mundo, com foco em melhorar o setor por meio do uso da tecnologia da informação (TI).

A certificação é dividida em oito estágios (de 0 a 7), sendo que os mais  almejados são o 6 e o 7.

O Estágio 6 leva em consideração a interoperabilidade interna, ou seja, a integração entre todos os sistemas internos do hospital.

Com circuito fechado de medicamentos com checagem beira leito e documentação médica integrada aos sistemas de apoio à decisão clínica.

Já o Estágio 7 avalia a interoperabilidade externa, com um hospital totalmente paperless, que usufrua 100%  das funcionalidades do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).

Com o uso de BI e analytics para melhoria da assistência e comunicação com os demais agentes que participam da assistência ao paciente, como operadora de Saúde, laboratório, fornecedores, entre outros.

Alcançar o Estágio 7 ainda é visto como um grande desafio pela maioria dos hospitais brasileiros exatamente por causa da interoperabilidade, conforme avalia o consultor da Folks Claudio Giulliano.

“Hoje o único hospital do País que atingiu esse nível foi o Hospital  Unimed Recife III, processo facilitado porque a instituição e a operadora de Saúde são geridas pela Unimed”, destaca.

Há outros 15 hospitais no Estágio 6 da HIMSS.

Todos buscam vencer esses desafios e, de fato, integrar seus sistemas para alcançar a certificação máxima, garantindo o diferencial competitivo tão necessário no mercado atual.

Fonte: MV- Sistemas de Gestão de Saúde – 16.10.2017.

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