Ministro da Saúde Gilberto Occhi quer planos de saúde alternativos
Por Roberta Massa | 11.05.2018 | Sem comentáriosEm iniciativa semelhante à do ministro antecessor, Occhi sugeriu a ação para acelerar os atendimentos, além de defender a cobrança de franquias.
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, encomendou à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a retomada da discussão sobre novos formatos de planos de saúde.
Em uma iniciativa semelhante a de seu antecessor, Ricardo Barros, que lançou a ideia de planos populares.
Occhi defendeu a adoção de alternativas no setor.
O objetivo, segundo ele, é garantir o atendimento mais ágil em casos de procedimentos simples.
Questionado se a proposta seria para limitar coberturas, de acordo com a região do usuário, o ministro afirmou que o formato ainda será avaliado.
Ele limitou-se a dizer que o debate será retomado. “Isso já foi discutido em algum momento.
Na ANS, a informação é de que a discussão foi suspensa. Vamos retomar”, disse.
O ministro afirmou ainda que a decisão somente será tomada se houver consenso.
Franquias
Occhi defendeu a cobrança de franquias em planos, proposta em discussão na ANS.
A estratégia prevê que, em contratos novos, seja estabelecido um teto para o copagamento, a contrapartida que o usuário dá quando faz determinados procedimentos ou a franquia.
Atualmente, cerca de 6% dos contratos apresentam essas condições, um número considerado baixo.
A ideia é que limites sejam estabelecidos tanto para o copagamento quanto para franquias.
Usuários que optarem por esse sistema pagariam mensalidades mais baixas.
Pela proposta em avaliação da ANS, a franquia não poderia ser cobrada no caso de alguns procedimentos.
Como hemodiálise, quimioterapia, exames para identificação precoce e acompanhamento de algumas doenças crônicas.
Pré-natal e exames realizados logo depois do nascimento do bebê, como o teste do pezinho.
“Defendo as alternativas. A escolha será do cidadão.
A agência deve buscar proteger o cidadão e evitar ações abusivas”, disse, logo depois de participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados.
O ministro disse ser favorável à concessão de um reajuste para contratos particulares de planos de saúde.
Mesmo que ainda existam dúvidas sobre a forma de cálculo para o porcentual.
Auditoria do Tribunal de Contas da União identificou falhas e sugeriu que uma revisão sobre a metodologia fosse feita, para evitar dupla cobrança.
Com base no relatório, o Instituto de Defesa do Consumidor ingressou com ação com pedido de liminar para suspensão do reajuste.
“Não vou dar minha opinião sobre a ação.
O TCU encontrou algumas situações e foi dado um prazo ao órgão fiscalizador para que justificativas sejam apresentadas.”
Fonte: Estadão – 11.05.2018.
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