SAMU-DF aposta na segurança e se torna o primeiro serviço público de remoção do país a buscar acreditação JCI
Por Roberta Massa | 12.09.2018 | Sem comentáriosTransparência para os usuários, maior controle sobre riscos de infecção e monitoramento dos indicadores de saúde. Estes são apenas alguns dos principais objetivos a serem alcançados por meio do trabalho de melhoria contínua do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU – DF).
Visando conquistar a acreditação da Joint Commission International (JCI), em 2015, buscou a expertise do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA).
E implantou na unidade o Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e da Segurança do paciente.
De acordo com o diretor do SAMU – DF, Rafael Vinhal, os padrões JCI estão sendo implementados de forma gradual.
“Foram criados diversos grupos de trabalho setoriais para executarem o programa de segurança e qualidade.
Os protocolos operacionais e protocolos clínicos e assistenciais do serviço estão sendo revisados.
Posteriormente, será preciso capacitar as equipes de atendimento.
A implantação dos padrões envolve toda uma mudança de cultura organizacional, bem como dos processos de trabalho”, esclarece.
É fundamental que todos os atores envolvidos no cenário de atendimento pré-hospitalar estejam familiarizados com os padrões.
“Cada um dos servidores da instituição deve estar aberto a aprimorar o seu processo de trabalho de forma a abandonar a cultura do ‘fazer à sua própria maneira’ e adotar rotinas de excelência baseadas em evidências”, frisa Vinhal.
“Embora os padrões sejam claros, coerentes e pareçam óbvios de serem seguidos, adotá-los é um desafio.
Devemos ter uma gestão de processos e de resultados bem orientada, visando o alcance das metas internacionais traçadas”, completa.
Vinhal conta que desde o início do processo muita coisa mudou.
“O serviço passou por uma reorganização administrativa em seu organograma.
Foi criada uma farmácia central, com farmácias setoriais, com um farmacêutico responsável.
A assistência e logística farmacêuticas eram deficiências no serviço, incluindo o armazenamento e a dispensação das medicações, materiais e insumos”, informa.
Ele acrescenta que foram criados núcleos de controle de infecção e de qualidade e segurança do paciente e que o SAMU – DF passou a trabalhar com um maior monitoramento de indicadores e de resultados.
Alguns indicadores de serviço, inclusive, tiveram que ser revisados.
“Revimos a missão, a visão e os valores da instituição, repensamos os indicadores de saúde, de qualidade e de resultados, refletimos sobre os direitos e os deveres de nossos usuários e criamos comissões de avaliação de prontuários e eventos sentinela”, conta ele.
De acordo com Vinhal, a mudança organizacional provocada pelo Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e da Segurança do Paciente foi capaz de dar eficiência aos processos de trabalho.
“O Programa nos traz a certeza de que a população está sendo bem atendida e de que estamos prestando um serviço de excelência.
Por meio dele, é possível controlar os riscos de infecção, monitorar melhor nossos indicadores de saúde e saber se estamos evoluindo nos processos de trabalho”.
Garante, destacando ainda que o programa assegura maior transparência para o usuário do sistema, que tem direitos e deveres bem estabelecidos.
Segurança acima de tudo
No SAMU – DF, a questão da segurança é um princípio que vem sendo continuamente reforçado em cursos de educação permanente.
Para engajar as equipes nas questões relacionadas à qualidade e segurança, uma comissão executora do Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente.
Realiza reuniões periódicas semanais com os gestores do serviço e monitora os grupos de trabalho criados para a execução do programa.
Nestes encontros, são reforçadas informações pertinentes ao correto preenchimento dos prontuários, uma questão fundamental no atendimento pré-hospitalar.
Vinhal chama a atenção para o fato de que uma das maiores deficiências no atendimento pré-hospitalar é o controle de infecções.
“Embora haja regras claras para o ambiente hospitalar, não há normas específicas de controle de infecções em ambiente pré-hospitalar.
Nesse sentido, é necessária a implementação de um programa de controle de infecções, mediante construção de protocolos e de cursos de educação permanente”, diz.
O trabalho da comissão, nascida a partir do desenvolvimento do Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e da Segurança do Paciente.
Se dá através da confecção de protocolos, monitoramento de indicadores, vistoria de ambientes de atendimento e ações de educação continuada.
Fonte: Assessoria de Comunicação – 12.09.2018.
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