Saúde

Novembro Azul: tratamento precoce do câncer de próstata possibilita 90% de chances de sucesso

Por Roberta Massa | 08.11.2017 | Sem comentários

Especialistas destacam as técnicas cirúrgicas no combate ao câncer de próstata, entre elas a cirurgia robótica que é capaz de reduzir as chances da neoplasia comprometer a capacidade erétil e urinária do paciente.

O câncer de próstata continua sendo o segundo mais comum entre os homens no Brasil.

Anualmente, cerca de 69 mil novos casos da doença são diagnosticados no país.

Os números são altos, mas o cenário negativo pode ser revertido com uma simples atitude: o diagnóstico precoce.

Estima-se que o tratamento tem 90% de chances de ser bem-sucedido quando o tumor é detectado logo no início.

Foi pensando nisso que surgiu a campanha Novembro Azul, que tem como proposta alertar o sexo masculino sobre o tema.

Especialistas alertam para a importância da conscientização na população masculina, justamente por ela ter um histórico de negligência a própria saúde.

No Brasil, quase um terço dos homens não têm o hábito de ir ao médico regularmente, prejudicando sua qualidade de vida.

Lean Six Sigma

Em relação ao exame do toque retal, principal forma de detecção do câncer de próstata, pesquisas da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) afirmam que 47% dos entrevistados nunca fizeram o procedimento.

Segundo Daniel Herchenhorn, oncologista clínico do Grupo Oncologia D’Or e especialista em tumores genito-urinários, a conscientização da doença é primordial, pois a maior parte dos homens procura ajuda tardiamente.

“Há a necessidade de conscientizar os homens a respeito da doença.

Temos que ressaltar a importância de ir ao médico preventivamente em vez de somente quando se sente dor”, alerta o especialista.

O oncologista ainda reforça que exames de rotina são fundamentais para o câncer de próstata, pois a doença é silenciosa.

No estágio inicial, o tumor não apresenta sintomas e, em 95% dos casos, os sinais só aparecem quando a doença já está avançada.

“Homens a partir dos 50 anos de idade devem se consultar com o urologista anualmente para realizar os exames preventivos, como o de toque retal e o de sangue para dosagem do PSA”, explica Daniel Herchenhorn.

Com o diagnóstico confirmado e a indicação de cirurgia para retirada da próstata, a preocupação dos homens é potencializada acerca da impotência sexual e da incontinência urinária.

No entanto, estes riscos são minimizados com a realização da cirurgia robótica, como afirma o urologista Rodrigo Frota, coordenador do Programa de Urologia Robótica da Rede D’Or São Luiz.

“Por ser um procedimento minimamente invasivo, contribui com a rápida recuperação do paciente, o que interfere diretamente na manutenção da capacidade erétil e no controle urinário.

De acordo com a literatura, 60% dos pacientes operados por robótica retomam uma vida sexual normal, e nos casos convencionais este índice fica de 10% a 30%”, esclarece o especialista.

Como identificar o problema – A próstata é uma glândula auxiliar do sistema genital masculino, localizada na frente do reto e embaixo da bexiga.

Ela pode variar de tamanho de acordo com a idade.

O câncer de próstata em estágio inicial geralmente não causa sintomas, por isso o acompanhamento médico regular é tão importante para o diagnóstico precoce da doença.

Tratamentos disponíveis – Dependendo do tipo de tumor, do estágio do câncer no momento da detecção e da idade e condição de saúde do paciente, o tratamento pode variar.

Em muitos casos, especialmente em homens mais idosos, os medicamentos não chegam a ser necessários e o médico adota a chamada “vigilância ativa”, apenas monitorando a progressão da doença.

Outros tratamentos incluem a quimioterapia e a radioterapia, a terapia hormonal e a cirurgia, que pode ser a aberta clássica, por videolaparoscopia ou robótica.

As técnicas de tratamento, em especial de cirurgia, têm avançado muito, tornando os efeitos colaterais mais raros, como a impotência e a incontinência urinária, e reduzindo também o tempo de recuperação do paciente.

Tecnologia robótica – Atualmente, cerca de 85% das cirurgias para câncer de próstata são realizadas utilizando a plataforma robótica nos Estados Unidos.

Este procedimento também vem aumentando progressivamente no Brasil, seguindo uma tendência mundial.

“Entre os benefícios, pode-se citar a visualização 3D do tumor, que permite ao cirurgião maior precisão da dissecção, minimizando hemorragias.

Manipulada por cirurgiões altamente qualificados, por console comandado por joystick.

A plataforma promove melhor visão, amplitude e qualidade de movimentos, além de menor trauma aos tecidos.

O que repercute em menor dor, melhor estética e recuperação precoce com retorno às atividades cotidianas”, detalha Rodrigo Frota.

As cirurgias robóticas urológicas compreendem o tratamento do câncer de próstata, rim, testículo e bexiga, e no tratamento da estenose de junção do ureter com a pelve renal.

A Rede D’Or São Luiz, dispondo do robô Da Vinci – o modelo mais moderno no país.

Já realizou mais de 1.500 procedimentos em urologia, uma das especialidades que mais opera com esta tecnologia.

Além disso, esses resultados tornam o Hospital Quinta D’Or um dos centros com o maior volume de procedimentos robóticos do Rio de Janeiro.

Fonte: HDPRcomunicação – 08.11.2017.

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