Finanças

Empresas se unem para cortar custos com planos de saúde

Por Roberta Massa | 01.02.2018 | Sem comentários

Os custos elevados dos planos de saúde se transformaram em um pesadelo para as empresas.

Na maioria delas, o item já representa a segunda maior despesa com pessoal, só atrás da folha de pagamento.

Os reajustes dos planos têm sido equivalentes, em média, a três vezes a variação do IPCA.

Segundo pesquisa feita no ano passado por duas organizações – a ABRH, que representa a área de recursos humanos das companhias, e a Asap, das consultorias de saúde.

As duas entidades firmaram parceria para aprofundar estudos sobre o tema.

Constataram, por exemplo, que as empresas que operam no Brasil arcam com dois terços do que se gasta com saúde hoje no país.

Concluída no segundo semestre de 2017, pesquisa patrocinada pelas duas instituições envolveu 668 empresas de pequeno, médio e grande portes.

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Juntas, elas empregam 1,3 milhão de trabalhadores e beneficiam três milhões de pessoas por meio de convênios médicos.

Os planos de saúde pagos por empresas e seus funcionários envolvem hoje 48 milhões de brasileiros.

Segundo o diretor de desenvolvimento de pessoas da ABRH, Luiz Edmundo Rosa, 20 grandes grupos, entre eles Itaú, Petrobras, Johnson & Johnson, Pirelli, Sherwin Williams e Natura, participam de fórum organizado a partir das reclamações comuns a todas as empresas.

Em conversas informais, executivos de grandes grupos perceberam que a pressão dos custos com planos de saúde afeta a todos e, por isso, iniciaram mobilização para discutir o problema.

Há seis meses surgiu um grupo que se reúne mensalmente para trocar experiências.

As mais bem-sucedidas foram adotadas por empresas que incluíram a saúde dos funcionários em seus programas de gestão.

O descompasso entre os índices de preços e a “inflação médica” começou em meados da década passada.

Tornou-se mais perceptível, porém, à medida que o IPCA, depois de chegar a quase 11% em 2015, começou a recuar, caindo abaixo de 3% no ano passado.

“É preciso criar uma inteligência de saúde dentro das empresas”, defende a presidente da Asap, da Asap, Ana Elisa Siqueira.

Fonte: Valor Econômico – 01.02.2018.

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