Gestão

Claudio Lottenberg afirma:”aproximar o setor público do privado irá aprimorar a gestão da saúde”

Por Roberta Massa | 25.04.2018 | Sem comentários

Área de gestão na saúde é uma das que têm menor eficiência e mais baixa produtividade na administração pública, diz Lottenberg, da UnitedHealth.

A maior aproximação entre os setores público e privado é um fator essencial para aprimorar a estruturação da área de saúde no Brasil, principalmente na gestão dos recursos do SUS.

A afirmação é de Claudio Lottenberg, presidente da UnitedHealth Group Brasil, empresa que presta serviços na área de saúde.

Segundo ele, o setor é um dos que têm menor eficiência e mais baixa produtividade na administração pública brasileira.

“33% dos recursos são desperdiçados com burocracia, retrabalho, exames redundantes e fraudes.

Não dá para imaginar, com orçamentos tão limitados, gastarmos um terço de forma imprópria”, disse.

Lottenberg fez o discurso de abertura do 5º fórum A Saúde do Brasil.

Organizado pela Folha, com patrocínio da Amil e da Anab (Associação Nacional das Administradoras de Benefícios), no auditório da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo.

O presidente da UnitedHealth defendeu a criação no Brasil do prontuário eletrônico de saúde de natureza obrigatória.

Semelhante ao implantado nos Estados Unidos pelo então presidente Barack Obama.

“É um mecanismo que deve servir como base para levantar conhecimentos mais precisos sobre as necessidades da área de saúde”, afirmou.

“Ajudará a eliminar desperdícios e a mudar o papel de grande parte dos profissionais.”

Entre outras propostas, Lottenberg citou uma inserção mais eficiente de recursos tecnológicos na área.

E uma atualização na formação dos profissionais de saúde, com ensino voltado para a saúde primária dos pacientes.

Segundo ele, essa medida reduziria o foco na assistência hospitalar, fazendo com que o trabalho do setor abrangesse também aspectos como saneamento básico.

Nutrição e a construção de cidades mais adequadas ao convívio.

“Precisamos criar modelos inovadores, de quebra de paradigmas.

O médico deve ter um papel mais propositivo, de liderança, com a mente aberta para fazer as mudanças necessárias”, disse.

Lottenberg também falou sobre a questão do envelhecimento da população, que tem dificultado a sustentabilidade do sistema de saúde.

E criticou a falta de participação mais ativa da sociedade na reivindicação de melhor gestão dos recursos tributários aplicados na saúde.

Para ele, essa sustentabilidade também só virá com uma maior valorização do mercado de saúde.

Tanto pelo setor público como pelo privado e um olhar para a inserção social por meio da cadeia produtiva, com geração de riqueza e empregos.

“Qualquer cidadão quer ser atendido com qualidade, eficiência e segurança.

É essa convergência que fará com que tenhamos um SUS melhor.”

Fonte: Folha de São Paulo – 25.04.2018.

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