Finanças

SUS: melhor eficiência pode trazer uma economia de R$ 115 bilhões.

Por Roberta Massa | 08.05.2018 | Sem comentários

Análise é do Banco Mundial, que projeta gastos em saúde de R$ 700 bi em 2030.

A melhoria da eficiência do SUS poderia resultar numa economia de 16,5% nos gastos em saúde nos próximos 12 anos.

E será fundamental para garantir a sustentabilidade do sistema em um cenário de subfinanciamento e envelhecimento populacional.

A conclusão vem de análise do Banco Mundial que aponta que, se o país mantiver o atual cenário de gastos em saúde (R$ 295 bilhões/ano), atingirá R$ 701 bilhões em 2030.

Com mais eficiência, as despesas cairiam para R$ 585,4 bilhões (R$ 115,6 bilhões a menos).

As projeções foram apresentadas em evento do Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde), em Brasília.

Que reuniu gestores e pesquisadores do Brasil, Reino Unidos, Canadá, Portugal e Costa Rica para discutir o futuro dos sistemas universais de saúde.

Todos defendem a saúde como direito universal, mas nos outros países há definições do que será ofertado pelo setor público.

Na Inglaterra, por exemplo, assistência dentária é contratada por fora.

O setor privado funciona como complementar ao público.

Em todos os sistemas universais, clínicos gerais ou médicos de família são a porta de entrada única para o sistema.

Lean Six Sigma

“Não há hipótese de o cidadão acessar direto especialistas e hospitais.

A maioria procura o serviço de saúde com queixas que podem ser resolvidas na atenção primária”.

Explica Thomas Hone, pesquisador do Imperial College London, que falou sobre o sistema de saúde britânico (NHS).

No Brasil, há falta de integração da atenção primária com a média e alta complexidade (especialistas e hospitais), gerando sobreposição de ofertas e ineficiência.

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