Saúde

Câncer de mama tem primeira imunoterapia aprovada no Brasil

Por Redação GeHosp | 20.05.2019 | Sem comentários

Tratamento que estimula o sistema de defesa do próprio organismo a combater o tumor prolonga a vida das pacientes com subtipo da doença.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a primeira imunoterapia para tratar pacientes com câncer de mama triplo-negativo na fase metastática da doença.

A aprovação do uso conjunto da imunoterapia atezolizumabe com a quimioterapia nab-paclitaxel foi baseada nos resultados do estudo IMPASSION130.

Que demonstrou redução de 38% no risco de progressão ou morte e ganho de 10 meses de sobrevida em pacientes com expressão do biomarcador PDL-1. Publicado na revista científica The New England Journal of Medicine, o estudo clínico IMPASSION130 envolveu 902 pacientes tratadas em 246 centros médicos de 41 países, incluindo o Brasil.

Os dados do estudo clínico chamaram atenção da comunidade científica internacional.

O avanço ocorre em um subtipo de câncer de mama frequente em mulheres mais jovens, geralmente com menos de 50 anos, e para o qual a eficácia dos tratamentos é desafiadora: o triplo-negativo.

A denominação vem da ausência da expressão de três biomarcadores comumente empregados na classificação da doença: receptor de estrógeno, receptor de progesterona e proteína HER-2.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o que mais acomete as brasileiras, representando 29,5% da incidência da doença no país entre as mulheres e quase 60 mil novos casos ao ano.

O triplo-negativo representa em torno de 15% deste total. Enquanto a taxa de morte por outros tipos gira em torno de 10%, a de triplo-negativo varia entre 30% e 40% em cinco anos.

Outra característica é que parte dos casos evolui para metástase em curto período de tempo, em torno de 1 a 3 anos.

Com base no cenário atual, o estudo IMPASSION130 – que foi apresentado no congresso europeu de oncologia (ESMO Congress), no último outubro – veio quebrar este paradigma ao demonstrar benefício clínico para as pacientes com a presença do biomarcador PDL-1, que corresponde a 41% dos casos.

Nos Estados Unidos, esta mesma aprovação foi em 8 de março, após trâmite acelerado na agência americana de regulação de medicamentos, oFood and Drug Administration – FDA. No Brasil, o tratamento também recebeu a prioridade de análise, um mecanismo adotado desde 2008 para garantir mais celeridade conforme sua relevância para a população.

A nova terapia utiliza recursos da medicina de precisão, em que o perfil do tumor é capaz de guiar as decisões clínicas para benefícios mais expressivos.

Além disso, como imunoterapia, estimula o sistema de defesa do próprio organismo a atacar as células tumorais, estratégia conhecida por ter menor toxicidade e respostas mais duradouras.

“A imunoterapia vem sendo utilizada no tratamento de câncer com resultados expressivos há cerca de nove anos, mas este é o primeiro avanço em tumores de mama”, conta o pesquisador brasileiro que participou do IMPASSION130, Carlos Barrios.

“As pacientes com triplo-negativo avançado ou metastático, quando a doença já passou para outros órgãos, têm um prognóstico difícil. Este tratamento aprovado pela Anvisa se torna o preferencial na prática clínica”, explica o especialista, que é diretor do Centro de Pesquisa em Oncologia do Hospital São Lucas (RS) e do Grupo Latino-Americano de Pesquisa em Oncologia Clínica (Lacog).

Sobre a Roche

A Roche é uma empresa global, pioneira em produtos farmacêuticos e de diagnóstico, dedicada a desenvolver avanços da ciência que melhorem a vida das pessoas.

Combinando as forças das divisões Farmacêutica e Diagnóstica, a Roche se tornou líder em medicina personalizada – estratégia que visa encontrar o tratamento certo para cada paciente, da melhor forma possível. 

É considerada a maior empresa de biotecnologia do mundo, com medicamentos verdadeiramente diferenciados nas áreas de oncologia, imunologia, infectologia, oftalmologia e doenças do sistema nervoso central.

É também líder mundial em diagnóstico in vitro e tecidual do câncer, além de ocupar posição de destaque no gerenciamento do diabetes. 

Fundada em 1896, a Roche busca constantemente meios mais eficazes para prevenir, diagnosticar e tratar doenças, contribuindo de modo sustentável para a sociedade.

A empresa também visa melhorar o acesso dos pacientes às inovações médicas trabalhando em parceria com todos os públicos envolvidos.

Trinta medicamentos desenvolvidos pela Roche fazem parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde, entre eles, antibióticos que podem salvar vidas, antimaláricos e terapias contra o câncer, entre eles, antibióticos que podem salvar vidas, antimaláricos e terapias contra o câncer.

Além disso, pelo décimo ano consecutivo, a Roche foi reconhecida como a empresa mais sustentável na Indústria Farmacêutica pelos Índices de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI). 

Com sede em Basileia, na Suíça, o Grupo Roche atua em mais de 100 países e, em 2018, empregou cerca de 94.000 pessoas em todo o mundo.

No mesmo ano, a Roche investiu 11 bilhões de francos suíços em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e suas vendas alcançaram 56,8 bilhões de francos suíços.

A Genentech, nos Estados Unidos, é um membro integral do Grupo Roche.

A Roche é acionista majoritária da Chugai Pharmaceutical, no Japão.

Fonte: Assessoria de Comunicação Roche – 20.05.2019.

Ebook Lean Six Sigma em Saúde, baixe agora o seu – 20.05.2019.

Compartilhe!