Saúde

Governo lança linha de financiamento exclusiva para instituições filantrópicas de saúde

Por Redação GeHosp | 14.06.2019 | Sem comentários

Em cerimônia no Palácio do Planalto que contou com a presença de Jair Bolsonaro, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou uma linha de financiamento para instituições filantrópicas de saúde sem fins lucrativos, como as Santas Casas, que prestam atendimentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Durante o evento, sem citar diretamente ex-presidentes, Bolsonaro criticou a forma como eram usados os recursos do BNDES.

“O BNDES há pouco tempo estava sendo usado para atender interesses de outros países comunistas ou de amigos do rei”, afirmou.

Participaram do ato representantes das Santas Casas de Misericórdia do país e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O presidente relembrou o atentado do qual foi vítima em setembro de 2018 e repetiu que “renasceu” na Santa Casa de Juiz de Fora (MG), onde passou pela primeira das três cirurgias às quais foi submetido em decorrência da facada. 

A linha de financiamento oferecida pelo BNDES será de R$ 1 bilhão, recurso que deve ser destinado à implementação de melhorias de gestão, governança e eficiência operacional e para implantação, ampliação e modernização das instituições. 

Segundo dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, metade dos atendimentos e dos procedimentos de média e alta complexidade do SUS é realizada pelas filantrópicas.

O governo e o banco informaram que o financiamento poderá ser realizado de forma direta, indireta, por meio de agentes financeiros, ou mista, com uma parte dos recursos liberada pelo BNDES e outra pelo banco repassador. 

Bolsonaro disse que antes de seu governo havia “uma festa” no BNDES e que R$ 421 bilhões foram emprestados para países comunistas e “amigos do rei”, mas não deu mais detalhes.

“Logicamente quem precisava para um bem, como a Santa Casa, ia a outros estabelecimentos e pegava [empréstimos] com juros mais altos”, afirmou. Ele criticou ainda gestões anteriores por não terem “compromisso com a vida”.

O presidente disse de forma genérica que em seu governo não existem intermediários e disse que ele conversa com o ministro Paulo Guedes (Economia) que, por sua vez, fala com o presidente do banco, Joaquim Levy.

“A nova politica em que eu converso com Paulo Guedes, ele conversa com Levy e não tem intermediário entre nós. Vocês sabem o recado que eu estou dando”, afirmou.

Hospitais filantrópicos passam por grave crise financeira, como é o caso da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, por exemplo, cuja dívida chegou a R$ 700 milhões no ano passado. A instituição desligou parte de seus funcionários, deixou de administrar unidades de atendimento, vendeu imóveis e cortou custos.

Fonte: Folha de São Paulo – 14.02.2019

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