Saúde

A importância da odontologia oncológica no tratamento do câncer 

Por Redação GeHosp | 06.07.2022 | Sem comentários

O paciente oncológico deve seguir alguns protocolos específicos de cuidados e um deles está relacionado à saúde bucal. É essencial que seja acompanhado antes, durante e depois do tratamento por um cirurgião-dentista com experiência em oncologia.

A doença pode ocasionar alterações de cavidade oral, por exemplo, e certos medicamentos têm a capacidade de aumentar os riscos de surgimento de outros problemas. 

A odontologia oncológica é mais um serviço oferecido pelo Centro de Oncologia Campinas para reforçar o perfil de atendimento multidisciplinar da instituição. As cirurgiãs-dentistas Dra. Bruna Sabino e Dra. Monique Regalin entram para o time de especialistas nos cuidados do paciente com câncer do COC a partir deste mês, com a multimissão de orientar, tratar, prevenir e conscientizar. 

A associação dos problemas bucais com a condição clínica do paciente reflete na saúde bucal e gera conforto. O cirurgião-dentista oncológico não avalia apenas a boca do paciente mas também a medicação que ele usa, os exames que realiza e os tratamentos que faz.

“No caso da oncologia, é preciso desenvolver uma relação multidisciplinar, enxergar paciente como um todo. Temos de saber que tratamentos ele faz e quais as medicações  que toma para poder prevenir ou tratar eventuais problemas na boca”, detalha Monique.

“Todos os casos são discutidos com a equipe médica e multiprofissional, de modo a proporcionar segurança e qualidade do tratamento”, acrescenta  Bruna. 

Tanto a quimioterapia quanto a radioterapia têm o potencial de agravar problemas bucais pré-existentes ou desencadear outros. Dessa forma, antes mesmo do início do tratamento oncológico, o paciente deve procurar o cirurgião-dentista para realizar uma avaliação e receber orientações. 

Alguns quimioterápicos podem provocar o aparecimento de alterações em mucosas – lesões conhecidas como Mucosite – além da perda do paladar. Essas intercorrências, além de desconforto, podem dificultar a alimentação, dificultando a terapêutica do paciente. 

O tratamento oncológico eventualmente ocasiona outras alterações bucais, como a xerostomia –sensação de boca seca –com potencial de prejudicar a alimentação, deglutição e de favorecer o aparecimento de infecções oportunistas. “O paciente que fizer a avaliação com o cirurgião-dentista desde o início do diagnóstico, consegue minimizar os efeitos colaterais e até prevenir.

Mesmo o paciente que já está em tratamento e que apresenta alguns efeitos, consegue diminuir esses efeitos com a laserterapia e com protocolos específicos”, reforça Bruna Sabino. 

A extração de um dente, por exemplo, é um procedimento descomplicado para o paciente saudável, porém, exige cautela e cuidados quando envolve uma pessoa com câncer. “Alguns pacientes que usam certas medicações estão propensos a dadas reações. Se ele fizer a extração do dente, pode não apresentar reparo ósseo na região e desenvolver osteonecrose”, exemplifica Bruna. 

O conhecimento e a experiência de lidar com pacientes oncológicos são determinantes, muitas vezes, do curso correto dos tratamentos. Um problema de boca, confirma Monique, dependendo da gravidade, pode retardar o tratamento oncológico. “O ideal é que todo paciente, antes de iniciar o tratamento, passe por avaliação com o cirurgião-dentista. Se for notada qualquer alteração, ela já será tratada”, confirma. 

O cirurgião-dentista oncológico, além de conhecer os efeitos dos tratamentos, dos medicamentos e os problemas aos quais os pacientes são mais suscetíveis, dispõe de experiência para lançar mão de recursos altamente positivos, como a laserterapia. “O tratamento a laser pode ser preventivo, para evitar aparecimento de lesões, ou para recuperar mais rápido. É um recurso eficaz e seguro”, confirma Monique. 

A laserterapia, entre outros benefícios, alivia a dor, inflamações, é eficaz na cicatrização e regeneração de tecidos e possui ação analgésica e anti-inflamatória. É ainda um meio bem-sucedido de tratamento nos protocolos preventivos de mucosite para o paciente oncológico. 

O Centro de Oncologia Campinas oferece o serviço de odontologia oncológica para todos os pacientes recém-diagnosticados ou já em tratamento para serem orientados a realizar uma avaliação e fazer o acompanhamento mais completo da sua saúde.

 As profissionais 

A cirurgiã-dentista Bruna Sabino é graduada em Odontologia pela UNESP, especialista em Estomatologia e pacientes oncológicos pela Fundação Antônio Prudente/A.C Camargo Câncer Center, Mestre em Ciências da Cirurgia pela Unicamp. É coordenadora da Odontologia Hospitalar do Hospital Vera Cruz, Casa de Saúde e Oncologia Vera Cruz. Especializanda em Implantodontia pela São Leopoldo Mandic. 

A cirurgiã-dentista Monique Regalin é graduada em Odontologia pela Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic. Mestranda em Ortodontia pela São Leopoldo Mandic. Atua em Odontologia Hospitalar no Hospital Vera Cruz e Casa de Saúde Vera Cruz, nos atendimentos de pacientes críticos, oncológicos e domiciliar. 

Sobre o COC 

O Centro de Oncologia Campinas completa em 2022 45 anos de prestação de serviços à população de forma humanizada. A instituição dispõe de uma equipe multidisciplinar para oferecer todos os níveis de cuidados aos pacientes, incluindo serviços complementares ao tratamento. Possui salas de imagens, de quimioterapia, radioterapia, análises clínicas e imunoterapia. Também realiza atendimentos nas áreas de oncogenética, psico-oncologia e hematologia, dentre outras.  

Mais de 30 médicos compõem o Corpo Clínico do Centro de Oncologia Campinas. Na sua maioria, especialistas detentores de excelência técnica, resultado da natureza e origem de suas respectivas formações. Serviços de nutrição, educação física, fisioterapia, odontologia e farmácia complementam os cuidados de pacientes dentro da instituição, que atende mais de 30 convênios médicos.  

Fonte: Assessoria de Comunicação COC- 06.07.2022.

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