Anvisa aprova terapia-alvo radioligante para tratamento de câncer
Por Redação GeHosp | 05.02.2024 | Sem comentáriosA terapia, que combina a tecnologia da terapia-alvo com um elemento radioativo, pode reduzir em até 38% do risco de morte dos pacientes com câncer de próstata resistente à castração
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa aprovou a primeira terapia radioligante, que combina o uso de radiofármaco à terapia-alvo, para o tratamento de Câncer de Próstata Metastático resistente a castração no Brasil.
A vipivotida tetraxetana (177 Lu) é indicada para o tratamento de pacientes adultos com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC), positivo para antígeno de membrana específico da próstata (PSMA) que foram tratados com inibição da via do receptor de andrógeno (AR) e quimioterapia baseada em taxano.
A autorização regulatória é baseada nos resultados do estudo de Fase III VISION, no qual a terapia atingiu os objetivos primários de sobrevida global e sobrevida livre de progressão radiográfica, reduzindo o risco de morte em 38% e o risco de progressão radiográfica ou morte em 60% em comparação com o padrão de cuidado¹.
A terapia radioligante (RLT) combina a tecnologia da terapia-alvo com um elemento radioativo.
Após administração, o medicamento liga-se às células do câncer de próstata que expressam uma proteína transmembrana específica.
Uma vez ligadas, as emissões de energia do radioisótopo danificam as células-alvo, comprometendo a sua capacidade de replicação e/ou desencadeando a morte celular.
A aprovação foi concedida também por agências regulatórias internacionais, como a americana FDA, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA), Health Canada na Grã-Bretanha e Canadá, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Comissão Europeia (CE).
Sobre o câncer de próstata
Com mais de 1,4 milhão de novos casos somente em 2020, o câncer de próstata é o tipo mais diagnosticado entre aqueles com próstata em mais da metade do mundo; é o terceiro câncer mais diagnosticado com novos casos no geral, depois do câncer de mama e do câncer de pulmão.
No Brasil, segundo Instituto Nacional de Câncer (INCA)?, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma).
Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum.
Sobre vipivotida tetraxetana (177Lu)
É uma terapia indicada para o tratamento de pacientes adultos com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC), positivo para antígeno de membrana específico da próstata (PSMA) que foram tratados com inibição da via do receptor de andrógeno (AR) e quimioterapia baseada em taxano.
Fonte: Assessoria de Comunicação ANVISA-05.02.2024