Padronização, eficiência e menos glosas: o poder da IA na saúde
Por Roberta Massa | 09.06.2025 | Sem comentáriosA complexidade financeira do sistema de saúde brasileiro impacta diretamente a sustentabilidade do setor.
Operadoras, prestadores e instituições públicas convivem com regras específicas, processos burocráticos e fluxos descentralizados de informação.
Em meio a esse cenário, falhas operacionais e divergências documentais são comuns e custam caro.
Glosas recorrentes, diagnósticos repetidos, prescrições não padronizadas e inconsistências nos relatórios geram atrasos, desperdícios e desentendimentos.
Cada documento enviado à operadora pode ser analisado sob diferentes perspectivas, criando um ambiente de baixa confiança, alto retrabalho e perda de receita.
Boa parte desse problema nasce da fragmentação dos dados, muitos deles ainda registrados em formato textual livre e sem padronização.
Isso dificulta a automatização de auditorias e a validação de regras específicas de cada plano de saúde.
IA Generativa: um novo capítulo na automação da saúde
É nesse contexto que a Inteligência Artificial Generativa se apresenta como uma solução transformadora.
Diferentemente de sistemas baseados apenas em regras fixas ou estruturas tabulares, a IA Generativa é capaz de interpretar linguagem natural, compreender contexto e transformar textos soltos em dados estruturados.
Na prática, isso significa automatizar tarefas como:
- Análise e validação de prontuários clínicos;
- Cruzamento de informações entre farmácia, enfermagem e setor médico;
- Geração de relatórios coerentes e aderentes às exigências de cada operadora;
- Identificação automática de divergências antes do envio à auditoria.
Isso resulta em menos glosas, mais previsibilidade financeira e maior eficiência operacional.
As glosas são as negativas aplicadas pelas operadoras a itens considerados inconsistentes ou inadequados para reembolso.
Elas representam um dos principais pontos de fricção entre prestadores e operadoras.
Reduzi-las significa não somente recuperar receita, mas também aumentar a confiança e a transparência em todo o processo.
Soluções personalizadas com inteligência e segurança
Instituições de pesquisa e inovação, como o Venturus, lideram o desenvolvimento de arquiteturas de IA voltadas especificamente para esse cenário.
A abordagem começa com um diagnóstico aprofundado do fluxo de receita e documentação do parceiro, seguido pela definição das tecnologias mais adequadas.
Essas soluções são desenvolvidas sob medida, respeitando as regras específicas de cada operadora e as particularidades do negócio, sempre com foco em segurança, privacidade e escalabilidade.
A IA Generativa atua como um motor de padronização inteligente, capaz de reduzir o tempo de análise, acelerar o fluxo de recebíveis e melhorar a gestão do caixa das instituições de saúde.
Rumo a um modelo mais sustentável
O uso estratégico da IA Generativa no setor de saúde representa mais do que um avanço tecnológico.
Trata-se de uma oportunidade concreta de modernizar processos críticos, reduzir desperdícios e construir um modelo financeiro mais saudável para todos os elos da cadeia.
Para prestadores, é uma chance de recuperar receitas antes perdidas.
Para operadoras, uma forma de aumentar a precisão e transparência na análise dos serviços prestados.
E para o sistema de saúde como um todo, um caminho promissor rumo à eficiência e à confiança mútua.
Transformar esse cenário exige tecnologia, mas também entendimento do contexto e profundidade técnica.
Essas são capacidades que centros de inovação como o Venturus estão prontos para entregar.
Autor: Paulo Dansa
Fonte: Base Comunicação