Quando a saúde pública deixará de ser simples promessa no Brasil?
Por Fabio Lobo | 28.01.2011 | 5 comentáriosHoje meu artigo será um pouco diferente, pois nele falarei sobre um termo, ou melhor uma prática muito conhecida na política a “promessa”.
No dia 01/01/2011 todos acompanhamos de perto a posse da nossa presidenta Dilma Rousseff, que em um dos trechos do seu longo discurso tocou em uma grande ferida do nosso país, a saúde pública.
A presidenta declarou o desejo de “Ser a presidenta que consolidou o SUS, tornando-o um dos maiores e melhores sistemas de saúde pública do mundo”.
Tenho ciência de que ainda estamos entrando no segundo mês de mandato, e de que não tivemos tempo hábil para fazer muita coisa, porém neste “curto” espaço de tempo acompanhamos diariamente as notícias e denúncias de desvios de verba, descasos e desrespeito no atendimento aos pacientes mais necessitados.
Todos nós cansamos de ouvir que a nossa presidenta dará continuidade ao governo do ex-presidente Lula, a maioria da população aprovou o antigo governo acreditou na “promessa” e a conduziu a presidência.
Nos últimos dias acompanhamos no noticiário que no Pará pessoas estão morrendo na fila de espera para realização de hemodiálise, enquanto hospital fantasma armazena aparelhos encaixotados há 6 anos.
Não encontro palavras para descrever o tamanho descaso com a vida das pessoas que contribuem através do pagamento de impostos.
A declaração do governador de Rondônia sobre “estado de perigo iminente e de calamidade pública no setor hospitalar” no estado retrata uma realidade mais que assustadora e muito distante do desejo de um dia sermos o melhor sistema de saúde pública do mundo.
Diante dos acontecimentos surgiram dois questionamentos inevitáveis:
O que efetivamente foi feito de concreto em relação a saúde pública no governo Lula?
O que será feito no próximo governo? Infelizmente durante a campanha pouco se falou sobre o assunto.
Até agora não temos respostas, e temo não tê-las tão rapidamente por isso devemos estar atentos aos acontecimentos para cobrarmos de forma mais efetiva, isso é direito e dever como cidadãos para que a “ melhor saúde pública do mundo” não passe mais uma vez de uma simples “promessa”.