Gestão

Fleury quer abrir 90 unidades em até 5 anos

Por Roberta Massa | 14.12.2016 | Sem comentários

O número de unidades do Grupo Fleury vai aumentar em até 65% nos próximos cinco anos.

Atualmente, a companhia de medicina diagnóstica possui 138 laboratórios e a meta é acrescentar entre 73 e 90 unidades à atual base.

“A razão da nossa expansão é a confiança de que haverá demanda futura pelos nossos serviços médicos.

É um projeto plenamente executável. Mesmo na atual crise, a marca Fleury continua crescendo”.

Disse Carlos Marinelli, presidente do Fleury, durante evento realizado ontem para analistas e investidores.

A receita bruta por metro quadrado dos laboratórios Fleury aumentou 9%, para R$ 6,9 mil, no terceiro trimestre deste ano quando comparado ao mesmo período de 2015.

A companhia de medicina diagnóstica prevê a abertura de 18 a 22 unidades de sua marca principal.

Sendo que 77% serão unidades de pequeno porte que oferecem apenas de exames de análises clínicas e ultrassom.

A estratégia de privilegiar unidades menores também foi estendida aos laboratórios da marca a+, voltada ao público intermediário.

Cerca de 70% das 28 novas unidades serão pequenas e a preferência é entrar em regiões como ABC, Guarulhos, zonas sul, oeste e leste da capital paulista.

Já no Rio de Janeiro, praça em que a companhia fez uma forte reestruturação nos últimos dois anos, o objetivo é acrescentar até 25 unidades.

No laboratório carioca da marca luiz felippe mattoso, a ideia é ofertar exames de análises clínicas, uma vez que hoje só há exames de imagem.

Vale lembrar que os cariocas têm o hábito de fazer exames de análises clínicas num determinado laboratório e de imagem em outro local.

Em São Paulo, é comum o paciente ir a uma única unidade para fazer as duas modalidades de exame.

No Sul do país, onde a companhia é dona do Weinmann, serão erguidos entre 13 e 15 laboratórios, também menores.

Outra frente é a prestação de serviços.

Hoje, o Fleury tem contrato com 20 hospitais, sendo que o mais recente foi fechado com o grupo Beneficência Portuguesa, dono dos hospitais São José, São Joaquim e Santo Antônio.

“Mais de 50% dos hospitais ‘premium’ são atendidos pelo Fleury.

Agora, queremos reforçar nossa presença no mercado intermediário alto”, disse Fernando Alberto, diretor-executivo de B2B do Fleury.

Neste segundo semestre, a companhia começou a atender o Hospital Santa Helena, no Distrito Federal, da Rede D’Or.

No total, o Fleury atende hospitais que, juntos, têm 7 mil leitos distribuídos em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Sul do país.

A companhia afirmou que a distribuição de juros e dividendos sobre capital próprio (JSCP) de R$ 331,2 milhões, anunciada ontem, não interfere na política de fusões e aquisições do Fleury.

“Essa distribuição é porque estamos com caixa robusto e está mais relacionada à busca por maior eficiência tributária.

Se for necessário fazer uma aquisição, temos espaço para nos alavancar”, explicou Adolpho de Souza Neto, diretor de relações com investidores do Fleury.

A relação entre dívida líquida e Ebitda aumentou de 0,3 para 1 com a distribuição de JSCP.

Fonte: Valor Econômico-14.12.2016.

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