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Médicos pedem ao novo governo exame obrigatório para recém-formados

Por Roberta Massa | 05.11.2018 | Sem comentários

A Associação Médica Brasileira (ABM), entidade representante dos médicos, reivindica ao novo presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) a criação de um Exame Nacional Obrigatório de Proficiência em Medicina para os médicos recém-formados no país.

“O exame é a única forma de evitar que as escolas caça-níqueis prejudiquem ainda mais o atendimento ao cidadão”, informa a carta publicada pela entidade.

“Já existe legislação específica para fiscalizar e punir as escolas médicas que não atendem aos padrões exigidos para que funcionem e formem bons médicos.

Mas infelizmente, nunca houve vontade e coragem para enfrentar os interesses políticos e econômicos dos que se beneficiam da abertura indiscriminada de escolas de medicina.”

A ABM foi a principal articuladora da medida aprovada pelo presidente Michel Temer, neste ano, que congelou a abertura de novas vagas de medicina durante cinco anos.

A gestora Bozano, administrada pelo economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro.

É dona de uma holding de instituições de ensino da área de saúde, incluindo faculdades de medicina.

Revalida

A AMB pede também ao novo presidente que os médicos formados em instituições de ensino estrangeiras sejam obrigados a fazer, no Brasil, um exame de revalidação do diploma, conhecido como Revalida.

Atualmente, esse procedimento não é obrigatório, mas há um projeto de lei nesse sentido em discussão.

Uma das dúvidas é se os médicos cubanos, do Programa Mais Médicos, serão obrigados a fazer o exame de revalidação do diploma.

“Compartilhamos sua indignação a respeito do envio de quase R$ 16,5 bilhões para Opas [Organização Pan-Americana de Saúde] e para a ditadura cubana”, diz trecho de carta publicada pela AMB.

Há cerca de dois meses, Bolsonaro disse, durante campanha, que os médicos cubanos terão que ser submetidos ao exame e que “menos de 1%” vai continuar no país.

“Não vamos expulsar, mas eles não se encaixarão nos requisitos legais.”

Fonte: Valor Econômico – 05.11.2018.

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