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Medicina Baseada em Evidência: Por quê utilizá-la no fluxo de trabalho

Por Redação GeHosp | 10.12.2022 | Sem comentários

Não há dúvidas de que a qualidade e a garantia da saúde são pautas prioritárias em âmbito global. Isto pode ser percebido quando analisadas as informações relativas aos gastos envolvendo este setor.

No Brasil, de acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as despesas com saúde foram responsáveis pela movimentação de cerca de 9,5% de todo o PIB brasileiro, totalizando R$ 822,16 bilhões, em 2021.

Mundialmente, segundo pesquisa da Deloitte, os gastos com saúde devem apresentar um crescimento de 4% ao ano até 2024, chegando à marca de 10,3% do PIB mundial em 2023.

Diante deste cenário, outras questões ganham espaço e chamam atenção dos profissionais da área, são elas: como garantir a qualidade do cuidado e, ao mesmo tempo, reduzir os gastos hospitalares excessivos?

A partir disto, a Medicina Baseada em Evidências (MBE) e as soluções de suporte à decisão clínica, apoiadas pelo avanço tecnológico, cumprem papel essencial neste contexto.

Os pilares da Medicina Baseada em Evidências (MBE)

De um modo geral, MBE trata-se da utilização das melhores evidências científicas disponíveis, a fim de orientar a tomada de decisão clínica, cujo propósito é oferecer o melhor cuidado ao paciente.

Para isto, o modelo considera o equilíbrio entre, ao menos, três pilares essenciais.

O primeiro está relacionado às evidências científicas. Ou seja, prevê a utilização da evidência mais robusta a respeito de determinado tema, com objetivo de obter acesso a informações confiáveis e atualizadas para apoiar as decisões do profissional de saúde.

O segundo pilar refere-se aos desejos, valores ou preferências do paciente, determinando o respeito às opções, não apenas de saúde física, mas também mental, social e espiritual durante o atendimento clínico.

Já o terceiro pilar aborda a experiência e o julgamento clínico do profissional sobre a probabilidade de doenças, análise do risco-benefício entre tratar e não tratar, bem como questões socioculturais que envolvam o diagnóstico ou o tratamento e que devem ser consideradas na tomada de decisão, uma vez que mesmo as intervenções mais eficazes oferecem risco e podem provocar eventos adversos.

Os benefícios da Medicina Baseada em Evidências

Na prática, a aplicação efetiva da Medicina Baseada em Evidências, com apoio das soluções de suporte à decisão clínica, garante melhores resultados a todos os agentes do sistema de saúde, assim como a redução da variabilidade clínica.

Para o paciente, o resultado reflete diretamente na qualidade do tratamento, com redução do tempo de internação e maior efetividade no diagnóstico e no tratamento, garantindo somente a realização dos exames e a prescrição dos medicamentos necessários e na dose exata.

Estes benefícios resultam também na conduta do profissional clínico, que tem a certeza do melhor atendimento e garantia do cuidado adequado.

Além dos ganhos pessoais, a Medicina Baseada em Evidências oferece vantagens robustas às instituições de saúde, como operadoras, hospitais, clínicas e ambulatórios.

Isto porque, a utilização adequada dos recursos elimina desperdício e reduz riscos, ao mesmo tempo em que oferece ganho de reputação às instituições.

Por fim, e tão importante quanto, é a saúde financeira de todos os envolvidos. Somados, a redução de custos com desperdícios, atenuação da variabilidade clínica, o encurtamento de internações e a efetividade no tratamento refletem diretamente em ganhos financeiros ao paciente, médico e instituição.

Mas, como as soluções de suporte à decisão clínica contribuem efetivamente para a aplicação da Medicina Baseada em Evidências?

De um modo geral, as plataformas de suporte à decisão clínica entregam de forma resumida as informações mais relevantes e prontas para apoiar a tomada de decisão da equipe clínica.

Ou seja, estas ferramentas têm o trabalho, por meio de médicos, farmacêuticos e enfermeiros, de consumirem as evidências científicas e transformarem em protocolos e algoritmos para apoiar a tomada de decisão, com alertas medicamentosos, de dose e de alergias, por exemplo.

Desta forma, a união entre as ferramentas de suporte à decisão clínica e as melhores práticas oferecidas pela Medicina Baseada em Evidências exerce papel fundamental para a melhora da qualidade do cuidado, para o progresso financeiro e, consequentemente, para o desenvolvimento do setor de saúde.

Autor: Matheus Q. Barbosa

Fonte: Assessoria de Comunicação – 10.12.2022.

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