Mercado de Saúde Preventiva atinge US$ 415 bilhões até 2031

Avanços tecnológicos e maior conscientização impulsionam crescimento global, apesar dos desafios locais

No setor de saúde, as medidas preventivas são essenciais para evitar que uma doença se manifeste ou se agrave antes de causar problemas mais sérios.

Globalmente, esse mercado vem ganhando espaço com o surgimento de novas tecnologias.

Uma análise da iHealthcareAnalyst indica que, até 2031, o mercado de saúde preventiva deve alcançar um valor de US$ 415 bilhões no mundo, apresentando um crescimento anual médio de 9,7% durante o período.

Segundo o levantamento, além das políticas governamentais, a maior conscientização do público é um fator importante para esse avanço.

No Brasil, embora a falta de interesse em prevenção ainda seja preocupante, há espaço para mudanças.

Novas tecnologias moldam o futuro da saúde preventiva

No setor de saúde como um todo, a tecnologia já é considerada fundamental para melhorar o atendimento e os tratamentos em todo o mundo.

Para as ações preventivas, esse avanço tende a trazer mais eficiência, incluindo, segundo a iHealthcareAnalyst:

• Medicamentos personalizados: com base no mapeamento genético, os remédios são desenvolvidos sob medida para cada pessoa, aumentando a eficácia dos tratamentos e reduzindo efeitos colaterais.
  
• Triagem automatizada: softwares de inteligência artificial agilizam o atendimento e ajudam a identificar casos urgentes, reduzindo o tempo de espera e melhorando a precisão do diagnóstico inicial.
  
• Vacinas: novas plataformas, como as de mRNA, aceleram o desenvolvimento de imunizantes mais eficazes, ampliando a proteção contra doenças emergentes e recorrentes.
  
• Prescrição eletrônica: a receita médica digital facilita o acesso a medicamentos, evita erros de leitura ou falsificações e permite maior controle por parte de médicos e farmácias.
  
• Monitoramento de glicemia: sensores modernos permitem medir níveis de açúcar no sangue de forma contínua e indolor, melhorando a qualidade de vida de diabéticos e auxiliando na prevenção de crises.
  
• Monitoramento cardíaco: relógios e dispositivos vestíveis registram batimentos e detectam alterações no ritmo cardíaco, possibilitando intervenções médicas precoces.

Maioria dos brasileiros ainda não adota hábitos de prevenção

Embora o interesse por medidas preventivas na saúde cresça globalmente, o Brasil ainda enfrenta desafios. Segundo levantamento do PoderData, 71% dos brasileiros que usam o Sistema Único de Saúde (SUS) não realizam atividades de prevenção em sua rotina.

Esse índice é ainda maior entre os usuários de planos de saúde privados, atingindo 85%.

O sedentarismo se destaca como um dos principais problemas associados à falta de prevenção.

Em relação aos exercícios físicos, há também uma diferença etária: apenas 15% dos jovens entre 15 e 24 anos praticam atividade física regularmente, enquanto esse percentual sobe para 30% entre pessoas com mais de 60 anos.

Planejamento financeiro é desafio no Brasil

A adoção de novas tecnologias é prioridade no setor de saúde para os próximos anos, mas problemas financeiros podem dificultar essa evolução.

Segundo dados do governo federal, empresas privadas da área acumulam dívidas que ultrapassam R$ 34 bilhões.

Por outro lado, tecnologias de controle financeiro vêm ganhando espaço em clínicas e hospitais pelo país.

Especialistas afirmam que esses sistemas ajudam a organizar as finanças e evitar gastos desnecessários.

Assim, a tecnologia tem papel importante tanto na inovação dos tratamentos quanto na gestão interna do setor.

Com as inovações previstas para os próximos anos, a expectativa é de um sistema de saúde mais eficiente e capaz de contribuir para a qualidade de vida da população.

Fonte: Assessoria de Comunicação Searchonedigital