Gestão

Planos de Saúde: cuidado para não se frustrar quando precisar

Por Roberta Massa | 07.06.2012 | 2 comentários

Hoje meu artigo será um pouco diferente irei abordar a gestão hospitalar sob outro campo de visão. Vamos sair do ambiente hospitalar e  falar um pouco das operadoras de plano de saúde e seus usuários.

 Como essas instituições, mesmo com número cada vez maior de usuários e procedimentos conseguem exercer uma gestão eficaz capaz de gerar lucros de até 60% em um trimestre.

 A necessidade de tocar neste assunto surgiu de um drama pessoal que vivenciei com o meu plano de saúde e através de conversas com médicos, pessoas próximas inclusive colhendo e trocando experiências nas mídias sociais.

 É fato que as pessoas estão optando pelos planos de saúde devido à melhora da situação econômica do país, e pelo fato de não possuirmos um sistema de saúde público de qualidade e de acesso a todos. Sem novidades, já falamos inclusive por aqui sobre essa realidade do país.

 As pessoas pagam por este serviço e acham que não precisam de se preocupar, pois acreditam que se precisarem de algo, seu plano de saúde irá liberar (o atendimento) sem problema algum, afinal de contas estão pagando (muito caro) por isso.

 Quando tudo parece caminhar bem, surge uma emergência e surge a necessidade de utilizar o convênio médico. Nesse momento para muitos começa o pesadelo. Os convênios burocratizam cada vez mais a liberação dos procedimentos cobertos pelo rol da ANS e criam barreiras para que o usuário se sinta totalmente constrangido e submisso as regras impostas por pessoas que não enxergam a situação, você é apenas um número de carteirinha.

 A solicitação de laudos comprobatórios e até  mesmo relatórios médicos justificando a real necessidade para determinado procedimento, questionam e tentam interferir em condutas médicas gerando não somente o desgaste ao paciente, mas também ao seu próprio médico que algumas vezes até solicita o descredenciamento devido às dificuldades na liberação de procedimentos.

 As pessoas muitas vezes mal informadas ou até mesmo por não poder esperar devido ao agravo do problema de saúde acabam por aceitar as negativas dos convênios e realizam o procedimento optando pelo atendimento com pagamento particular ou quando existe a possibilidade de esperar acionam a justiça para que seu direito seja cumprido por determinação judicial.

 Enquanto o cliente sofre com esse desgaste para realizar um procedimento pelo qual sua saúde esta em risco, diariamente somos informados do crescimento expressivo de lucro destas operadoras de saúde conforme podemos observar algumas notícias abaixo:

Com maiores prêmios, lucro da SulAmérica sobe 10,6%.

Lucro líquido da Intermédica avança 20,4% em 2011.  

Porto Seguro fecha 2011 com lucro liquido de R$ 580 mi.

Com avanço no lucro e acordo com a Qualicorp, ação da Amil tem alta de 3,74%

 Tenho certeza que as notícias acima contenham dados suficientes para mostrar o crescimento das operadoras apontando resultados cada vez melhores.

Não estou generalizando e nem dizendo que as operadoras de saúde obtêm lucro somente por esse mérito, descartando a importância de uma administração eficaz, mas, quero  chamar atenção dos pacientes/clientes que “sempre” busquem seus direitos e nunca aceitem uma negativa de seu convênio a não ser que de fato ela seja coerente.

 Solicite sempre que a negativa seja documentada, pois somente assim você poderá acionar o PROCON, ANS ou até mesmo o Poder Judiciário.

Agindo dessa maneira você estará não somente lutando pelo seu direito na cura ou restabelecimento da sua saúde, mas também estará exercendo sua cidadania.

Grande abraço.

Até a próxima.

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