Mais de um milhão de pessoas deixam de contar com plano de saúde
Por Roberta Massa | 21.06.2017 | Sem comentáriosNa contramão dos planos de saúde, NAB indica que mercado de planos exclusivamente odontológicos firmou mais de 1,6 milhão de vínculos.
O mercado brasileiro de planos de saúde encerrou maio com mais uma retração: queda de 2,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Isso significa a perda de pouco mais de 1 milhão de vínculos, o que reduz a 47,36 milhões o total de beneficiários de planos médico-hospitalares no País.
Os números integram a nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Apesar de não haver um número fechado para o saldo de empregos formais em maio, os resultados apontados pela NAB estão em ordem com a retração do total de postos de trabalho registrada em abril, de 2,8%, de acordo com dados do MTE.
A NAB aponta, ainda, que apenas nos últimos três meses, 221,4 mil vínculos foram rompidos em todo o País. Retração de 0,5%.
“Enquanto a situação econômica do País não mudar e, principalmente, o saldo de empregos voltar a crescer, provavelmente não teremos uma recuperação dos vínculos perdidos ao longo dos últimos anos”, analisa o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro.
“Ainda não há indicação segura de que o mercado irá mudar a tendência e retomar o crescimento nos próximos meses”, completa.
O outro lado da moeda
Enquanto o total de beneficiários de planos médico-hospitalares está caindo, o de planos exclusivamente odontológicos está crescendo.
Entre maio deste ano e o mesmo mês do ano passado, foram firmados 1,6 milhão de novos vínculos com planos de saúde exclusivamente odontológicos no Brasil. Alta de 7,7%.
Apenas nos últimos 3 meses o segmento registrou a chegada de 437,8 mil novos beneficiários, 2% a mais do que em fevereiro.
Carneiro explica que apesar de ter superado a marca dos 22,5 milhões de beneficiários, o segmento ainda conta com menos da metade do total de vínculos médico-hospitalares.
Ou seja, ainda está longe de ser maduro e tem mais margem para crescer.
Os custos mais “atraentes” do que o de planos médico-hospitalares também são um diferencial.
“As famílias têm mais facilidade de acessar esse serviço, mesmo com a redução da renda média; enquanto as empresas, mesmo em um momento de crise econômica, enxergam nos planos exclusivamente odontológicos um benefício com custo mais acessível para oferecer aos seus colaboradores”, analisa.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas.
O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos.
O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Fonte: Instituto de Estudos de Saúde Suplementar-21.06.2017.
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