Gestão

Como serão os hospitais do futuro? Conheça as 14 tendências

Por Roberta Massa | 27.11.2017 | Sem comentários

Os hospitais públicos na Europa enfrentam desafios crescentes.

O envelhecimento populacional e a necessidade de fazer cada vez mais com menos pressiona as instituições a redesenharem seu funcionamento, se especializarem e aumentarem a eficiência.

Um estudo do CRHIM (Centro de Pesquisa em Inovação no Manejo de Saúde, em inglês), iniciativa conjunta do Instituto de Estudos Superiores da Empresa (IESE).

Vinculado à Universidade de Navarra, Na Espanha, e da a Accenture, ouviu os hospitais líderes no continente para entender como podem se preparar melhor para atender às necessidades futuras.

Durante o 5º Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), Pablo Borràs, senior associate do IESE, compartilhou alguns insights do trabalho, e mostrou 14 tendências para os hospitais do futuro ditadas por essas lideranças do setor.

Acompanhe:

1. Contexto triplamente desafiante

O envelhecimento da população, o aumento na demanda por serviços de saúde e a escassez cada vez maior de recursos farão com que os hospitais vivam uma situação triplamente desafiante.

Hospitais terão de fazer mais com menos, e focar em qualidade e eficiência.

2. Menores e mais complexos

A expectativa será que os hospitais líderes foquem em intervenções exclusivas e de qualidade elevada, o que exige investimento reforçado em tecnologia e educação.

Esse foco em especialização se refletirá sobre as demais organizações do segmento, que deverão se estruturar para disponibilizar os serviços oferecidos pelos líderes.

Nesse cenário, o volume de intervenções adquire especial relevância – não faz sentido que um hospital especializado realize um número baixo de um determinando procedimento;

É mais interessante repassá-lo a outra instituição.

Assim, a tendência é que as organizações se aproximem.

Lean Six Sigma

3. Novo escopo de serviços

Os hospitais líderes oferecerão um escopo de serviços para além do convencional, como medicina personalizada, diagnóstico com base em genoma.

Além disso, a tendência é que as organizações não mais se restrinjam ao cuidado agudo e responsivo e, aos poucos, abraçando o manejo de doenças crônicas e programas de prevenção

4. Orientação dual

A orientação será voltada para as necessidades da população do entorno, incluindo o manejo de doenças crônicas, sem que, no entanto, as organizações precisem prover elas mesmas todos os serviços.

O Hospital Clinic Barcelona, por exemplo, firmou parceria com dois hospitais e 23 centros de cuidados primários da região, com vistas a unir esforços e oferecer o melhor cuidado possível.

5. Redesenho dos serviços com base no conhecimento

Os hospitais-líderes desempenharão um papel crucial para no redesenho e no planejamento dos serviços de saúde, com base nos preceitos do Triple Aim.

6. Organizações abertas

As organizações líderes não serão definidas por suas estruturas físicas.

Seus recursos serão otimizados e distribuídos por diferentes instalações, sendo possível até mesmo atender aos pacientes fora do ambiente hospitalar.

7. Centros de Inovação e Tecnologia

As organizações líderes serão os principais impulsionadores da inovação em serviços e desenvolvimento tecnológico.

Instituições nos Estados Unidos e Europa, como o Instituto Karolinska, inclusive têm desenvolvido modelos de colaboração com a indústria para contribuir cada vez mais nesse sentido

8. Pesquisa e educação como resultados-chave

Os líderes permanecerão como os principais centros de pesquisa, educação e treinamento de novos profissionais, gerando conhecimento unificado e desempenhando um papel crucial na formação de novas lideranças.

9. Compartilhamento de risco envolvendo todos os stakeholders

As organizações desenvolverão novos modelos de compartilhamento de risco envolvendo operadoras, indústria farmacêutica e outros provedores.

O cenário abre caminho para a adoção de novos modelos de pagamento que tragam bons resultados.

10. Profissionais de saúde na governança hospitalar

Médicos e outros profissionais desempenharão funções diferentes, e terão um papel mais ativo na estratégia e no gerenciamento das organizações.

11. Cuidado integrado e times orientados por processos

Para acompanhar a nova configuração das instituições, o modelo organizacional também se transforma e passa a ser orientado por processos.

12. Hospitais conectados

Pacientes passarão cada vez menos tempo nas dependências do hospital. Cada vez mais, profissionais de saúde farão monitoramento à distância ou mesmo em domicílio.

Um bom exemplo dessa tendência é o Mercy Virtual, organização focada no manejo de doenças que entrega o cuidado aonde quer que ele seja necessário, sem no entanto receber um paciente sequer em suas instalações.

13. Novas atribuições profissionais

Surgirão novos papeis e atribuições, que diluirão os limites atualmente existentes entre médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde.

Esses papéis decorrerão do desenvolvimento de novos modelos de cuidado e consolidação de tecnologias emergentes.

14. Inovação centrada no paciente

Instituições de ponta sistematicamente redesenharão a experiência de serviços, de modo a se tornarem realmente centradas nos pacientes.

Estes, por sua vez, serão cada vez mais proativos e envolvidos no cuidado com a própria saúde.

Times multidisciplinares dialogarão com pacientes para aumentar a qualidade do cuidado, engajamento e satisfação.

Fonte: Lank-27.11.2017.

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