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Evoluções e desafios na saúde preventiva: para onde caminha o Brasil?

Por Redação GeHosp | 14.02.2023 | Sem comentários

Culturalmente, o estilo de vida do brasileiro é algo que preocupa, e muito, o sistema de saúde. Podemos destacar, por exemplo, os maus hábitos alimentares, o sedentarismo, o tabagismo e o estresse em decorrência à rotina de trabalho, como também as falhas referentes ao acesso à saúde no país.

Em pontos geográficos específicos falta saneamento básico ou ainda imunização. Porém, a desinformação continua sendo uma das causas mais delicadas e complexas, além de gerar gastos extremos aos cofres públicos.

Frente a outros países, o Brasil alcança resultados positivos em relação à saúde preventiva, porém 75% da população depende exclusivamente do SUS, gerando uma sobrecarga que compromete a qualidade do atendimento e do acompanhamento básico.

O SUS investe em média R$ 103 bilhões por ano, mas apenas 25% desse valor é destinado à saúde preventiva. A OMS orienta ainda que o parâmetro ideal de profissionais da área seria de um médico de saúde preventiva para cada mil habitantes.

Especialistas seriam encaminhados a mulheres e homens de acordo com a demanda geográfica.

Um exemplo de bom gerenciamento do Estado e do investimento correto em saúde preventiva corresponde à diminuição drástica documentada pela ONU de doenças como Aids, tuberculose e malária.

Relatório de Resultados 2021, publicado recentemente em Genebra, revela queda de 19% no número de pessoas tratadas para tuberculose resistente a medicamentos.

Educação, informação e terapias preventivas foram as grandes protagonistas dos resultados positivos em países subdesenvolvidos, onde o Fundo Global investe em programas para controle e erradicação de doenças e epidemias.

O Brasil ainda enfrenta grandes desafios, como gestão de programas assertivos às demandas e às necessidades demográficas da população; maiores investimentos destinados à saúde preventiva e suplementar e à descentralização de verba, para que os recursos sejam distribuídos de maneira justa e proporcional; e investimento em educação e campanhas de informação para melhores estudos e acompanhamento assistencial.

No entanto, esses desafios podem ser contornados com a evolução da inovação em saúde. Podemos testemunhar a criação de novas tecnologias e metodologias para a prevenção e o diagnóstico assertivo de patologias.

Startups, por exemplo, levam inovação e proporcionam ao segmento a possibilidade de estudos técnicos e científicos e de análises de dados e cultura.

Assim, conseguem promover uma visão ampliada do cenário, favorecendo um leque de opções para o avanço da medicina.

As tendências de mercado mostram que o segmento da saúde no Brasil tende a manter sua expansão consideravelmente, já que é um setor de cuidados constantes, haja vista, por exemplo, o envelhecimento da população.

Segundo a OMS, em 2030, o Brasil terá a quinta maior população idosa do planeta, o que aumenta a necessidade de cuidados preventivos para garantir melhor qualidade de vida e longevidade.

Além das boas perspectivas de mercado, investir em saúde pode ser um bom negócio, considerando o retorno de investimento garantido para soluções disruptivas que alcançam resultados consideráveis, como ferramentas para análises de dados gerenciais ou assistenciais e a robótica para cirurgias.

Para a inovação, o céu é o limite.

Mas o setor precisa de investimentos públicos e privados para sua expansão no país. Existem muitas possibilidades de investimentos, como ações voltadas às empresas do setor e startups e fundos de inovação e tecnologia ligados à saúde.

O mais importante é que o Brasil caminha a passos lentos, porém assertivos rumo à inovação em seu sistema de saúde. O caminho para acelerar o desenvolvimento é sem dúvidas a informação e a educação da população. Temos uma fonte inesgotável de recursos intelectuais que ainda não estão moldados em forma de soluções inovadoras.

Portanto, é preciso oferecer estrutura e investir em projetos de fomento à educação para transformar ideias em soluções disruptivas.

*Carol Vasconcelos, é Diretora Comercial na FHE Ventures, uma corporate venture builder cujo principal objetivo é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação.

Sobre a FHE Ventures 

A FHE Ventures é uma corporate venture builder cujo principal objetivo é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação. Nosso foco é a ampliação e a criação de novas atividades, ferramentas ou processos diferenciados que possam resolver as dores do mercado de saúde e serem incorporadas às Instituições de toda a rede FHE, transformando a educação na área da saúde e, consequentemente, o bem-estar das pessoas. Pertencente ao grupo FCJ Venture Builder, multinacional que leva a inovação como base de ação, com sede em Belo Horizonte (MG), é pioneira no ramo de Venture Building na América Latina e está presente também nos Estados Unidos, na Europa e no México. 

Por: * Carol Vasconcelos, Diretora Comercial na FHE Ventures

Fonte: NB Press Comunicação – 14.02.2023.

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