Saúde

Cuidados paliativos levam qualidade de vida e alívio de dor a pacientes com câncer de mama

Por Redação GeHosp | 23.10.2019 | Sem comentários

Ajudar a viver bem é o propósito da área de Cuidados Paliativos, um conjunto de práticas na área da saúde que busca proteger as pessoas do sofrimento trazido por doenças difíceis e que ameaçam a vida. Uma delas é o câncer de mama que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), representa 29,5% da incidência da doença no país entre as mulheres e quase 60 mil novos casos ao ano. Neste mês de conscientização, conhecido como Outubro Rosa, esse tipo de ação mostra-se como aliada na luta contra a doença. 

A área de Cuidados Paliativos atua no “Conceito de Dor Total”, contemplando as dores física, emocional, social e/ou espiritual em pacientes na fase final de vida ou em situação de dor e sofrimento em quaisquer estágios da doença, de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em pacientes com câncer de mama, por exemplo, a área atua nos casos de evidências metastáticas e com quem passou por mastectomia (retirada da mama), momento em que vários sentimentos aparecem, como medo, revolta, incertezas, negação e, até mesmo, a depressão. Dessa forma, o suporte psicológico é fundamental para trabalhar a adaptação ao tratamento e suas consequências, assim como os familiares.

No Brasil, esse conceito está ampliando. O Atlas Global de Cuidados Paliativos, da OMS, classificou o País no nível 3A, numa escala de 1 a 4. Uma das instituições que realiza esse trabalho no País é o Hospital Santa Paula,  referência em humanização e acolhimento do paciente. A Equipe de Controle de Sintomas e Cuidados Paliativos (ECSCP), que iniciou em 2018, atende pacientes oncológicos (60%) e de múltiplas comorbidades (40%).

“Todo o atendimento é focado em trazer alívio da dor e aumentar a qualidade de vida do paciente. As ações incluem medidas terapêuticas para o controle dos sintomas físicos, intervenções psicoterapêuticas e apoio espiritual ao paciente que demanda um ritual de fé. Para os familiares, há apoio social e psicológico, além de abordagens frequentes sobre o enfrentamento da finitude e luto. Sabemos que a descoberta e o tratamento do câncer de mama são momentos de sofrimento e aflição, então reforçamos o cuidado durante todo o processo”, destaca Milena Reis, médica paliativista e coordenadora da área no Hospital Santa Paula.

Além dos cuidados paliativos, o Instituto de Oncologia Santa Paula (IOSP) possui uma ampla rede de cuidados para pacientes diagnosticados com câncer de mama. A rede social Coneccte, lançada em 2014, promove a troca de experiências entre pacientes oncológicos e familiares. Conta ainda com um suporte de informações sobre câncer, como o Blog dos Médicos e o Blog do IOSP, que possui conteúdo especializado para informar e esclarecer dúvidas.

Outro projeto do Hospital é o Lenços que Unem, que conecta pessoas que desejam doar lenços àquelas que desejam receber. Os lenços recebidos são cadastrados e armazenados no IOSP e todas as peças são higienizadas e colocadas em embalagens individuais. A distribuição é feita via correio e atende mulheres de todas as localidades. Desde o início do projeto, foram arrecadados mais de 40 mil lenços e doados mais de 30 mil para pessoas físicas, ONGs e instituição oncológicas.

O Hospital Santa Paula disponibiliza ainda em suas instalações um sino dourado onde cada paciente que conclui o tratamento oncológico é convidado a batê-lo por três vezes para fazer o som ecoar pelo prédio. A ação foi inspirada no hospital MD Anderson Câncer Center, da Universidade do Texas, nos EUA, e reforça a proposta de atendimento humanizado aos pacientes e acompanhantes.

Com o aumento do atendimento de pacientes com câncer de mama no Hospital Santa Paula, o que se deve ao reconhecimento da instituição como referência em oncologia, a instituição investiu em tecnologia de ponta. Um exemplo disso a aquisição recente em um equipamento para radioterapia, que reduziu o tempo de cada sessão em 20% e proporcionou agendamentos mais rápidos aos pacientes.

Fonte: Assessoria – 22.10.2019

Ebook Planejamento estratégico em Saúde, baixe agora o seu.

Compartilhe!