Saúde

Regulamentação da telemedicina faz disparar o uso da prescrição digital nas drogarias brasileiras

Por Redação GeHosp | 24.06.2020 | Sem comentários

A pandemia provocou uma série de mudanças importantes, entre elas, a forma como os médicos fazem as prescrições e também como as pessoas compram seus medicamentos de uso contínuo ou que são receitados após uma teleconsulta, modalidade que emergiu nesse cenário. As farmácias também tiveram que se adaptar para receberem a receita digital e dispensarem os medicamentos usando o novo formato do documento. Segundo a Memed heathtech pioneira e líder em prescrição digital no país, o que antes era somente um piloto, restrito às grandes redes, já é uma realidade em mais de 22 mil drogarias em todo país. A plataforma da Memed é 100% gratuita para médicos e drogarias e suas receitas podem ser assinadas por diversos tipos de certificados padrão ICP-Brasil , seguindo todos os padrões e orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Federal de Farmácia (CFF).

A adesão à receita digital não é uma exclusividade das grandes redes detentoras das principais bandeiras de farmácias do Brasil, abrange também as chamadas redes independentes. São já 867 diferentes bandeiras no Brasil. São Paulo é Estado com maior número de bandeiras aceitando (318), Minas Gerais aparece na segunda colocação (124), seguido de Paraná (101) e Rio Grande do Sul (100). No caso das farmácias independentes, 49 das 58 lojas (84,48%) associadas à Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias) já fazem uso da plataforma da Memed. Em alguns estados, como Bahia, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, a taxa de adesão entre essa modalidade é de 100%. São Paulo (93,75%) e Minas Gerais (91,6%) também estão entre os de maior número de estabelecimentos independentes que aceitam as receitas digitais da Memed. Hoje mais de 130 mil médicos já estão cadastrados na ferramenta da Memed e dois milhões de prescrições foram realizadas eletronicamente apenas no primeiro trimestre deste ano.

Mesmo com a gratuidade da ferramenta, antes da pandemia, o valor da tecnologia no atendimento ao paciente não era tão explícito, o que atrasava a adoção inclusive não só da receita digital, como de outras ferramentas. Desde 2012, a Memed vem trabalhando para criar um ecossistema digital e transformar o tradicional cenário das receitas manuscritas em 100% digital. “Primeiro os médicos ainda não estavam habituados ao uso da plataforma de prescrição digital , depois, mesmo quando eles decidiram experimentar prescrever dessa forma mais segura, a grande maioria das farmácias ainda não aceitavam as receitas. A pandemia foi quase que uma imposição para todos os envolvidos: médicos, pacientes e drogarias”, explica Rafael Moraes, CMIO da Memed.

Embora o movimento de adesão tenha sido abrupto, as facilidades, a segurança e a agilidade da receita digital são bastante perceptíveis. Em comparação às receitas manuscritas, as receitas digitais são extremamente claras em termos de tratamento e dosagem e requerem menos interpretação por parte do farmacêutico, reduzindo assim erros de prescrição e medicação. Levando em consideração que, de acordo com estudos, 28% das receitas feitas em papel nunca chegam a uma farmácia, outro ponto importante é que a transmissão eletrônica de uma receita para uma farmácia aumenta a probabilidade de a receita chegue até o destino, eliminando a responsabilidade do paciente de levar a receita até a farmácia, um problema citado por mais de um 1/3 dos pacientes, que normalmente esquecem-se de levar o documento em papel.

Também se pode citar como benefícios a otimização do tempo de balcão conferindo receitas e aprimoramento do fluxo de trabalho nas farmácias. Para o paciente também aumenta a segurança, pois sua maior legibilidade, ajuda a diminuir os erros de medicação e os eventos adversos. Quando plataformas de prescrição eletrônica são adotadas por drogarias elas podem fornecer aos farmacêuticos total visibilidade de todas as alergias documentadas e medicamentos prescritos anteriormente e acionar alertas clínicos no caso do potencial para reações negativas.

A tendência é que o número de farmácias aderindo à prescrição eletrônica continue a crescer. Espera-se uma mudança de cultura para que os médicos continuem prescrevendo digitalmente e as ferramentas continuem evoluindo. Também são necessários ajustes técnicos, como por exemplo, capacidades que evitem a dupla dispensação e sinalize na receita se aquele medicamento já foi vendido por outra drogaria ou não. Com a pandemia e a regulamentação do Ministério da Saúde que liberou em caráter emergencial o uso da telemedicina, um movimento que, talvez levasse cinco anos para ocorrer, resumiu-se em dois meses e tomou grandes proporções. Os desenvolvedores de tecnologias tiveram que correr para corrigir todos os gaps, aprimorar recursos e agregar ainda mais inteligência ao processo.

“Vamos seguir trabalhando, sempre em paralelo aos Conselhos Federais de Medicina e Farmácia. Também estamos à disposição para apoiar os demais órgãos em quaisquer questões que envolvam o ecossistema digital de saúde. Sempre visando facilitar a vida de todo mundo e garantir a segurança, até do ponto de vista de proteção de dados”, finaliza Moraes.

Fonte: Assessoria de Imprensa – 24/06/2020

Foto de bongkarn thanyakij no Pexels

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